ZOONOSES

Proliferação de pombos será discutida em Guarujá

A ave é transmissora de várias doenças, entre elas, a criptocose - conhecida como doença do pombo-, que matou duas pessoas somente neste ano na Baixada Santista

Da Redação
Publicado em 21/11/2019, às 09h42 - Atualizado em 23/08/2020, às 20h52

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Hygor Abreu/PMG
Hygor Abreu/PMG

A preocupação com a proliferação de pombos na região, e as doenças transmitidas por eles, como a criptocose, que matou duas pessoas somente neste ano na Baixada Santista, motivou um evento em Guarujá com especialistas. A iniciativa é da prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente.

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O encontro, no dia 29, é direcionado aos agentes do controle de endemias, comunitários de saúde (ACS), sendo dois representantes de cada unidade básica (UBS) e de saúde da família (Usafa), além das equipes de vigilância epidemiológica, sanitária e de zoonoses. O diretor de Vigilância em Saúde da prefeitura, Marco Antonio Chagas da Conceição, esclarece que o objetivo é discutir o manejo de pombos e a sua proliferação e como minimizar os problemas gerados.

A programação conta com palestra do veterinário e professor universitário, Eduardo Filetti, que abordará o manejo dos pombos e as doenças que esses animais causam, entre outros aspectos. Já o presidente da empresa Loremi (de saneamento ambiental), o químico Maurício Marques, abordará as barreiras e a forma de manter estas aves afastadas do convívio humano destacando os principais hábitos da espécie.

Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, o intuito da prefeitura também é a criação de multiplicadores de informação. “Juntos, queremos de alguma forma, traçar um plano para que essas aves não se multipliquem ainda mais. Nossa equipe de combate à dengue, por exemplo, já iniciou trabalho de orientação com ambulantes e quiosqueiros sobre alimentação para pombos”.

O encontro ocorrerá das 14h às 17 horas, no auditório da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Afpesp), instalada na avenida General Rondon, 643, nas Astúrias.

Proliferação de pombos

O evento é motivado pelos casos fatais de criptocose, conhecida como doença do pombo, uma infecção causada pela aspiração do fungo Cryptococcus, presente nas fezes de aves, principalmente de pombos. No entanto, esta é somente uma das enfermidades conhecidas. O animal também é transmissor de histoplasmose, salmonelose, ornitose, dermatites e alergias. Por isso a sua proliferação é considerada um problema de saúde pública.

A população deve ficar atenta com a incidência destas aves, que costumam fazer seus ninhos em telhados, forros, caixas de ar condicionado, torres de igrejas e marquises. Uma atitude inocente como alimentá-los, colabora com o seu retorno e a proliferação. Isso porque, além de condicioná-los, a disponibilidade de comida deixa a fêmea mais disposta a procriar.

Devido as doenças transmitidas por estas aves, são indicados os seguintes cuidados: nunca alimentar os pombos; umedecer as fezes destas aves com desinfetante antes de varrê-las e utilizar luvas e máscara ou pano úmido para cobrir o nariz e a boca durante a limpeza do local; vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros; colocar telas em varandas, janelas e caixas de ar condicionado; não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos, como ração de cães e gatos; utilizar grampos em beirais para evitar que os pombos pousem; retirar ninhos e ovos; e acondicionar corretamente o lixo em recipientes fechados.

Além disso, a prefeitura mantém fiscalizações e vistorias pós-reclamações de munícipes nos bairros da cidade, conforme cronograma semanal. A Unidade de Vigilância em Zoonoses está instalada na avenida Adriano Dias dos Santos, 303, no Jardim Boa Esperança. O horário de funcionamento é das 8h às 17 horas, e também pelo telefone (13) 3355-6300.

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