Jovem de 21 anos afirmou que profissional fez megahair incorretamente, deixando-o parcialmente careca e, ao ir reclamar, foi xingado de “bichona” e apanhou dela, do marido e do filho com socos, chutes, pontapés e até uma paulada nas costas. Segundo versão da profissional, jovem a teria chamado de “safada” e a difamado nas redes sociais, além de ter e ido com uma faca em seu portão
Um jovem bombeiro de 21 anos e a família de sua cabeleireira protagonizaram uma confusão em Praia Grande, no litoral de São Paulo, neste domingo (02).
As versões são conflitantes, o jovem afirma que a briga começou com uma cobrança abusiva por um serviço mal prestado e que, ao exigir uma reparação, acabou tomando dois socos no rosto do marido da profissional e uma paulada nas costas do filho dela, além de ter sofrido ofensas verbais homofóbicas, tais como “bichona”, por parte da própria cabeleireira.
Entretanto, a mulher de 44 anos, que também é professora, afirma que não foi bem assim. Ela relata que o jovem a caloteou, que foi acusada por ele de homofobia nas redes sociais e que ele teria ido na porta de sua casa com uma faca e feito um escândalo. A única certeza é que houve muita ofensa verbal e pancadaria.
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Versão do jovem: serviço mal prestado e agressões
Segundo a versão do jovem bombeiro, que trabalha no setor hoteleiro da cidade, a celeuma começou no último sábado (29) quando, após sair de uma aplicação de mega hair (espécie de aplique capilar) e se olhar no espelho ao chegar em casa, ele notou que estava parcialmente careca.
O jovem teria, então, retornado à casa da mulher, no bairro Ocian, e solicitado que fosse colocado o restante do aplique capilar. Neste momento, segundo ele, a profissional teria lhe cobrado um adicional pelo restante da aplicação, sendo que ele já havia pago pelo serviço na aplicação anterior. Ele alega que fez o serviço com a condição de pagar depois a parte cobrada novamente.
Ele alega que, posteriormente, na noite deste domingo, foi abordado e agredido fisicamente, em frente a casa de dela com dois socos em seu rosto, puxões, pontapés, empurrões pelo marido da cabeleireira, um gerente de 45 anos. O jovem também teria sido golpeado com uma paulada nas costas, pelo filho da mulher.
Como se isso não fosse o bastante, a própria cabeleireira o teria ofendido em sua honra, chamando-o de, entre outras ofensas, "Seu viado, você não vale nada, seu vagabundo, sua bichona”. O jovem afirma que ao tentar filmar toda a ação, o filho do casal tomou seu aparelho celular, quebrou e jogou fora.
Versão da cabeleireira: faca, cabelos arrancados e cabeçadas no portão
Segundo a cabeleireira e seu marido, a pendenga transcorreu de forma diferente. Ela afirma que o jovem ficou devendo para ela uma soma referente à aplicação do megahair. Inicialmente a mulher relata que o cobrou, porém, como não recebeu, "para não criar problemas", ela teria desistido de receber a quantia.
Na data em que o imbróglio atingiu colorações dramáticas, ela afirma que o jovem bombeiro ligou para ela e começou a ofendê-la comparando-a com animais e a chamou de “sua vagabunda”.
Depois disso, o jovem teria ido até a casa dela e seu marido o teria atendido. Ao perceber que o jovem estava com uma faca, o marido da cabeleireira o teria empurrado e fechado o portão da residência.
O jovem, porém, segundo a versão da cabeleireira, estava “transtornado” e passou a arrancar o aplique de sua própria cabeça e também começou a dar cabeçadas no portão da residência, e isso teria ferido o rosto dele, e não os supostos socos que o marido dela teria dado nele.
Além do suposto surto, o jovem teria postado uma foto da cabeleireira no facebook chamando-a de “safada” e acusando-a de ser homofóbica.
Machucado, a polícia encaminhou o jovem bombeiro para exame de corpo de delito no IML. O caso foi registrado no 1º DP de Praia Grande como lesão corporal , injúrias e dano qualificado pela parte do rapaz, contra a cabeleireira e seu marido. Da parte dela, o caso foi registrado na mesma delegacia como difamação, injúria e ameaça. A polícia investiga.
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