Bairro Guilhermina será o alvo dos trabalhos de nebulização, com máquina pulverizadora acoplada a um carro, a partir desta terça-feira (2)
Mais um bairro de Praia Grande começa a receber o "fumacê" contra a dengue. Depois do bairro Tupi, o bairro Guilhermina é o alvo dos trabalhos de nebulização, com máquina pulverizadora acoplada a um carro, a partir desta terça-feira (2). Em caso de chuva, a atividade é suspensa e reagendada para o dia seguinte.
De acordo com a prefeitura, a pulverização com inseticida pretende reduzir os mosquitos adultos transmissores da doença. A ação reforça as medidas tomadas em toda a cidade, que está, desde o dia 8 de março, em situação de emergência em saúde pública para a dengue. Desde então, o município tem ampliado as medidas necessárias para o enfrentamento ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor das arboviroses (doenças causadas pelo arbovírus – vírus da dengue, zika vírus e chikungunya).
As atividades de nebulização ocorrem em cada bairro, durante quatro a cinco semanas. A localidade é dividida em trechos e, a cada semana, um deles recebe a nebulização. Para reforçar, o veículo passa três vezes em cada trecho.
A nebulização ocorre a partir das 17h30. A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande pede que a população mantenha portas e janelas abertas, para que o produto possa fazer o efeito esperado. “Pedimos também que os munícipes fiquem dentro de suas casas e que não deixem crianças ou animais seguirem a viatura durante a nebulização”, orienta a diretora da Divisão de Saúde Ambiental, Maria Fernanda Gonçalves.
A aplicação desse tipo de nebulização em grandes áreas ocorre em bairros que apresentam mais notificações de casos suspeitos e confirmados. Inicialmente, o bairro Tupi foi contemplado. E, após a conclusão dos trabalhos no bairro Guilhermina, a nebulização seguirá para outras localidades a ser anunciadas posteriormente pela prefeitura de Praia Grande. “O próximo bairro a receber o serviço depende do número de casos positivos e da análise de outros dados, que são sempre avaliados uma semana antes da liberação do carro para determinado bairro”, explicou Maria Fernanda.
Praia Grande está, desde o dia 8 de março, em situação de emergência em saúde pública para a dengue, por um período de 180 dias. A decisão acompanha o decreto emitido pelo governo do estado de São Paulo, no dia 5 de março, e permite a adoção de medidas administrativas necessárias, para resposta rápida de enfrentamento das arboviroses urbanas.
Entre elas está a contratação temporária de pessoal, se necessário; solicitação de pessoal e equipamentos de outras secretarias para desenvolver ações em conjunto; realização de visitas a todos os imóveis públicos e particulares; ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono, ausência ou recusa de pessoa que possa permitir o acesso de agente público identificado; entre outras.
Também foi instituído o Centro de Enfrentamento das Arboviroses Urbanas de Praia Grande (CEAU-PG). O grupo reúne diversas secretarias, instituições de saúde e órgãos públicos, para a intensificação de atividades educativas junto à população.
Ainda segundo a prefeitura de Praia Grande, durante todo o ano, os agentes de combate às endemias percorrem os bairros e visitam as residências, para a realização do bloqueio de criadouros, além de orientar a população sobre procedimentos que evitem o surgimento de locais propícios à criação de larvas do vetor das doenças.
Também há visitas a obras, cemitério, desmanche de veículos, borracharias e locais de reciclagem de materiais. O trabalho de nebulização em áreas de casos confirmados segue sendo efetuado pelo município, seguindo os critérios preconizados pelo Ministério da Saúde. Ainda fazem parte das atividades, as campanhas educativas nas unidades de saúde e nas escolas municipais, por meio do setor de Informação, Educação e Comunicação (IEC), da Divisão de Saúde Ambiental.
Outra iniciativa em desenvolvimento é o uso de armadilhas ovitrampas, criadas para capturar o mosquito Aedes Aegypti. Instaladas em lugares de maior risco, as armadilhas são monitoradas, para indicar os tipos de mosquito existentes no local, o que amplia as possibilidades de vigilância e ação dos técnicos da Sesap.
A prefeitura lembra que a população também precisa fazer a sua parte na guerra contra o mosquito, pois, mais de 90% dos focos estão nas residências. Veja como:
Outra dica é descartar os pneus velhos, e outros itens que acumulam água, em um dos ecopontos do município. Os endereços podem ser consultados na Carta de Serviços, disponível no site da prefeitura.
Para denúncia sobre focos de dengue, o contato pode ser feito na Ouvidoria SUS (telefones 0800 773 3020/3472 9764; e-mail: [email protected] e presencialmente, na rua João de Souza, s/n°, bairro Mirim, de segunda à sexta-feira, das 9h às 16h, para que a equipe da Saúde Ambiental seja acionada e vistorie o local. As equipes fazem ainda a soltura de peixes da espécie Lebiste, conhecido como Barrigudinho, em grandes locais com água parada. Esse peixe come as larvas e ovos do Aedes Aegypti e de outros mosquitos.
Em caso de sintomas como febre alta, dores pelo corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo, a pessoa deve procurar a Usafa na qual está cadastrada.