CÁRCERE PRIVADO

Jovem de 18 anos é mantida em cativeiro pelo ex-namorado no litoral de SP

Polícia resgatou a mulher após passar horas sendo espancada pelo ex; ciúmes e alistamento no Exército seriam o estopim das agressões

Da redação
Publicado em 27/08/2021, às 11h10 - Atualizado às 14h50

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Jovem de 18 anos é mantida em cativeiro pelo ex-namorado no litoral de SP - Foto: Divulgação PMSP - Imagem ilustrativa
Jovem de 18 anos é mantida em cativeiro pelo ex-namorado no litoral de SP - Foto: Divulgação PMSP - Imagem ilustrativa

Uma jovem de 18 anos foi resgatada de um cativeiro, na quarta-feira (25), após ser sequestrada e agredida pelo ex-namorado, em Praia Grande (SP). Informações obtidas pelo Portal Costa Norte dão conta de que o homem e a vítima teriam terminado o relacionamento de três anos e, após o rapaz descobrir que ela tinha intenção de servir ao Exército Brasileiro, voltou a perseguí-la.

A jovem relatou que ambos estavam separados e não tinham mais contato. “Eu imaginava que ele seguiria a vida dele, mas de alguma forma ele descobriu que eu iria me inscrever para fazer parte do Exército Brasileiro, a partir daí, ele começou a causar problemas devido ao ciúme”, disse a jovem à polícia.

No dia do fato ela estava em sua residência e o agressor see passou por uma suposta amiga, entrou em contato com ela via WhatsApp e a chamou para um local próximo de onde foi encontrada.

Essa amiga teria um serviço de faxina para a vítima, que sem desconfiar de nada, continuou a trocar mensagens com o ex, acreditando que seria uma amiga. Ela foi até o local indicado, no bairro Antártica, e só então tomou conhecimento que era o ex-namorado.

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No encontro, o autor perguntou a vítima se havia terminado com ele para ficar andando com a amiga pelo qual ele se fez passar, momento em que ela respondeu "você não é dono de minha vida". Revoltado com a resposta, o ex lhe desferiu um soco em sua face, a vítima passou mal, pois tem asma, mas ele continuou a agredir com socos e pontapés, tendo a arrastado para dentro de um barraco.

Dentro do barraco, de um cômodo, ele continuou agredindo a vítima, tomou seu celular e a colocou sentada de frente para ele para questioná-la e fazer ameaças. Ele também a chamava de verme, por querer se misturar com os vermes (referindo-se ao Exército Brasileiro) e ameaçou chamar os irmãos do PCC para levá-la ao 'tribunal do crime'.

Ainda de acordo com declarações da jovem, o agressor não a deixou ir embora e as agressões duraram toda a noite, contudo, em certo momento ele acabou 'pegando no sono' e ela conseguiu pegar seu celular de volta. Ela explica que já era de madrugada, e como estava em um beco, em uma comunidade, não conseguia fugir. Depois acabou cochilando e acordou sendo agredida novamente.  

Em determinado momento, o agressor foi para frente do barraco, momento em que ela chamou um motorista por aplicativo e, quando o motorista chegou no local e ela entrava no carro, o sequestrador a viu e a retirou do carro, puxando seus cabelos. A vítima pediu socorro ao motorista, mas com medo, pelo local e pela situação em si, saiu sem prestar socorro, deixando-a para trás.

A Polícia Militar descobriu o cativeiro e libertou a vítima, após ela conseguir ligar para o 190, as viaturas se deslocavam para o local e ele fugiu. Enquanto os policiais escutavam a vítima, o agressor se aproximou, perguntando se estava tudo bem, se havia acontecido algo. Os policiais indagaram quem era ele, tendo ele dito ser alguém próximo, considerado como “filho do pai dela”

A informação soou estranha para os policiais e perguntaram novamente se ele tinha algum envolvimento com o fato, tendo ele negado, entretanto, a vítima ficou estática, claramente alterada, mas, posteriormente, confirmou se tratar do agressor.

Somente então ele confessou ser ex-parceiro da vítima, mas alegou que não a agrediu, que somente se defendeu dela, pois a chamou para conversarem e acabaram discutindo.

Aos policiais, ele disse que a jovem pegou uma barra de ferro e o agrediu e ele apenas a empurrou para se defender. Ele afirmou ainda que teria feito as ameaças, mas isso era apenas para ela confessar tudo o que estava fazendo, pois, segundo ele, a jovem estava andando com más companhias e saindo com outro homem.

Diante de todo o exposto, ambos foram conduzidos ao 2º Distrito Policial de Praia Grande, no Vila Caiçara, cada um em uma viatura e foi feito uso de algemas por receio de fuga do autor.

A vítima e o agressor foram devidamente encaminhados à perícia médica. Tendo a autoridade policial deliberado por realizar o flagrante delito. O caso segue em investigação policial.

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