Animais envolvidos no crime foram encontrados sem água ou alimentos em local improvisado. Três homens foram detidos, mas liberados em seguida, pois a pena para o crime é muito baixa
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Praia Grande, no litoral de São Paulo, acabou, neste feriado de 1º de maio, com um cenário sádico e de crueldade com animais: um ringue de rinha de galos.
O Centro Integrado de Controle e Operações Especiais (CICOE) de Praia Grande, flagrou através de monitoramento feito por câmeras, a realização de uma rinha de galos na avenida Rocha Pita, e acionou uma equipe da GCM que se deslocou até o local.
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No local dos fatos, que pertencia a um dos quatro detidos, foram encontrados três animais feridos em gaiolas improvisadas, sem alimento e nem sequer água. Cada um dos três galos pertencia a um dos detidos.
Apesar de um dos autores afirmar tratar-se de local apenas para criação de galos, foram encontrados diversos petrechos utilizados no evento criminoso. No local, acondicionados em um estojo, foram encontrados mais de 80 esporões, seringas, agulhas, tesouras, ataduras e pomadas de uso veterinário.
Os três homens que supostamente promoveram o evento criminoso foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos mas, como a pena prevista para este tipo de crime é muito baixa, todos foram liberados.
Os animais foram entregues aos GCMs para acomodá-los provisoriamente na Base da GCM Ambiental, sob os cuidados da veterinária da prefeitura de Praia Grande, para posterior destinação a local apropriado.
Rinha de galo é crime
Rinha de galo é crime ambiental previsto definido no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/98 que diz: “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. A pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa. A pena pode ser aumentada em caso de morte do animal.
Em geral, os galos são animais dóceis e muitas vezes criados como pets. Apesar do amor e carinho manifestado pela grande maioria das pessoas, ainda há quem tenha o desejo sádico de encontrar prazer no sofrimento destes animais.
Maus-tratos, ferimentos e abusos físicos
Os galos utilizados nas rinhas passam por sofrimento desde o começo de suas vidas. Para aumentar a competitividade, os criminosos drogam os animais com substâncias químicas prejudiciais à saúde.
Além de serem drogados, os galos têm as penas da cabeça e da parte de cima da coxa arrancadas para que fiquem expostas, tudo em benefício do circo de horrores que é a rinha de galo.
Quando o criador de galos é ilegal, assim como o apreendido pelo GCM de Praia Grande, os galos ficam em lugar totalmente insalubre.
Como funciona a Rinha de Galo
As rinhas podem durar cerca de 75 minutos, divididos em quatro rounds de 15 minutos, com três intervalos de cinco minutos. Se o animal for nocauteado, seu dono pode tentar levantá-lo. A rinha continua se o galo ficar um minuto de pé e pode acabar com a morte do animal.
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