Fortaleza de Itaipu em Praia Grande proporciona encontro da história com a natureza

Se você vai visitar Praia Grande nestas festas de fim de ano ou mesmo durante a temporada de verão, não pode deixar de realizar um passeio inesquecível que existe por lá: a visita à Fortaleza de Itaipu.

Depois de um longo período fechada para visitação pública devido à pandemia, a Fortaleza de Itaipu retomou os passeios em suas dependências no último dia 11 de dezembro.

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As visitas acontecem aos sábados, domingos e feriados em dois horários: 10 e 14h. Elas são realizadas dentro do próprio veículo do visitante e são guiadas e gratuitas.

Em cada horário, apenas 15 veículos podem realizar o passeio. Portanto, é recomendável chegar um pouco antes. O ponto de concentração é na entrada principal da Fortaleza de Itaipu, na avenida Marechal Mallet nº 1, no bairro Canto do Forte. 

A duração do passeio é de por volta uma hora. Um comboio segue até o Forte Duque de Caixas, uma das três fortificações existentes no local e a única em que o acesso é permitido.

Bela vista

No caminho até o Forte Duque de Caxias é possível ir curtindo todo o visual sensacional da Mata Atlântica preservada. A área da Fortaleza de Itaipu faz parte do Parque Estadual Xixová-Japuí, que foi criado em 1993 e possui 900 hectares que preservam biomas como o ecossistema marinho, costão rochoso, praia arenosa, mata de restinga e mata de encosta

Lá de cima da Ponta de Itaipu o turista irá curtir a paisagem da orla de Praia Grande de um ponto de vista incomum, já que terá a oportunidade de observar a cidade como se estivesse sobrevoando o mar.

O visitante ainda terá a oportunidade de ver de perto as instalações militares centenárias e com arquitetura bem peculiar, como a do pórtico de entrada da Fortaleza, que lembra um castelinho. A vila militar, com suas belas casas que remetem as do interior, e alguns artefatos bélicos históricos também estarão presentes no caminho.

História

A construção da Fortaleza de Itaipu teve início em 1902 por ordem do então Presidente da República Manoel Ferraz de Campos Salles. O objetivo da empreitada era a defesa da entrada do Porto de Santos, controlando os movimentos das embarcações na Barra de São Vicente.

Atualmente a Fortaleza de Itaipu é sede do 2º Grupo de Artilharia Antiaérea (2º GAAAe) – “Grupo José Bonifácio e Fernando de Noronha”, que está por lá desde 2004.

Curiosidade: a avenida que dá acesso à Fortaleza de Itaipu e é uma das principais vias do bairro Canto do Forte, a Marechal Mallet, homenageia Emílio Luís Mallet, Patrono da Artilharia do Exército Brasileiro.

Outro pedacinho de história ainda presente por lá são os canos que traziam o esgoto de Santos para serem despejados em alto mar. É possível ver alguns deles junto às pedras da Ponta de Itaipu.

Eles faziam parte do projeto de saneamento da cidade de Santos, idealizado pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito. Os canais que cortam Santos também fazem parte do mesmo projeto. E, a ligação dos canos de esgoto até a Fortaleza de Itaipu passava pela famosa Ponte Pênsil, em São Vicente, que, ao contrário do que muitos imaginam, foi construída com esse propósito, e não o trânsito de veículos e pedestres. 

Interessante imaginar que, o que foi a salvação para a cidade de Santos, contribuiu para a degradação de Praia Grande durante muito tempo. 

Atualmente, a cidade conta com três emissários submarinos e a natureza ao lado das pedras da Ponta de Itaipu está mais exuberante do que nunca. Ali é um ponto em que praticantes de esportes como o stand-up paddle avistam tartarugas marinhas com frequência.