Das 16 baleias atendidas pelo Instituto Biopesca neste ano, 14 são da espécie de jubartes; animal era uma fêmea juvenil e estava em avançado estado de decomposição
Da redação
Publicado em 26/10/2021, às 17h38 - Atualizado às 19h48
Uma baleia jubarte foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (26), no Balneário Flórida, em Praia Grande, no litoral paulista. Esta é a 16° ocorrência de encalhe de baleias registrada pelo Instituto Biopesca (IBP) neste ano, sendo 14 delas da espécie de jubartes.
A equipe do Instituto, que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) atendeu mais um encalhe da espécie Megaptera novaeangliae. O animal era uma fêmea juvenil em avançado estado de decomposição, com aproximadamente 7,7 metros.
Segundo o IBP, a baleia morta foi encontrada boiano próxima à costa por volta das 6h30. Com apoio da Prefeitura de Praia Grande, a carcaça foi retirada da água para a realização da necropsia pela equipe do Instituto. A necropsia é realizada para investigação da causa da morte, onde são realizadas análises no local pelos veterinários e colheita de amostras biológicas para análises laboratoriais.
Embora ainda não tenha sido possível identificar a causa da morte, os motivos para encalhes de filhotes de baleias já são conhecidos, a exemplo da separação precoce da mãe em decorrência de diferentes fatores, como ele ter se perdido, ou a captura acidental pela pesca. Nesta época do ano, as baleias jubartes começam a retornar das águas mais quentes do Norte e Nordeste do Brasil onde foram para se reproduzir ou dar à luz, para as águas mais frias de seus locais de origem.
Um maior número de encalhes vem sendo registrado na temporada de migração deste ano ao longo da costa sul-sudeste do Brasil e um dos fatores atribuídos a essas ocorrências é o aumento da população de baleias, em especial das jubartes. Esforços para conservar essa espécie, em particular, foram intensificados há cerca de 20 anos, colaborando com esse resultado positivo.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, a população pode entrar em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
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