GOLPE DO PATRÃO?

Analfabeto sofre acidente em trabalho informal e assina papelada sem entender

Homem estava em leito hospitalar quando apareceram diversos documentos enviados pelo patrão para assinar, a vítima, leiga e analfabeta, confiou e assinou os papéis

Da redação
Publicado em 04/10/2021, às 14h45 - Atualizado às 16h12

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Indivíduo sofre acidente de trabalho sem contrato formal e é abandonado por patrão em hospital / Imagem ilustrativa  Imagem ilustrativa/ mão masculina com dedo sangrando - Imagem de a88kay por Pixabay
Indivíduo sofre acidente de trabalho sem contrato formal e é abandonado por patrão em hospital / Imagem ilustrativa Imagem ilustrativa/ mão masculina com dedo sangrando - Imagem de a88kay por Pixabay

Um funcionário informal sofreu um grave acidente de trabalho e foi ludibriado pelo patrão, que enviou papeladas para a vítima assinar, sem explicar do que se tratava, em Praia Grande (SP).

De acordo com o funcionário, de 37 anos, morador do bairro Vila Sonia, seus serviços como auxiliar de carpinteiro foram contratados informalmente por uma empresa de imóveis. O funcionário conseguiu a vaga por meio da indicação de um amigo.

O homem, que assume ser analfabeto, começou a trabalhar no local no dia 27 de julho, mas nunca assinou qualquer contrato de trabalho. Uma das funções do auxiliar era operar a maquina de serra para cortar madeirite.

Durante o uso da máquina, o trabalhador sofreu um acidente e teve seu dedo indicador decepado, sendo socorrido pelo proprietário do local, que o levou até o Hospital Irmã Dulce e se evadiu posteriormente.

A vítima passou por uma operação com anestesia geral e acordou somente no dia seguinte após o acidente, na quinta-feira (30). Enquanto se recuperava em seu quarto, uma mulher subordinada de seu chefe compareceu ao local e apresentou uma série de documentos.

A suspeita pediu para o indivíduo, que é analfabeto e estava em situação de vulnerabilidade, para assinar os papéis, saindo do local após o ato. “Foi solicitado que a vítima assinasse uma série de documentos o qual não sabe o teor, não tendo ficado com nenhuma cópia”, comentam as autoridades.

O homem, que sabia apenas escrever seu nome, assustado com a inquisição, fez o que foi pedido, sendo liberado do hospital somente na sexta-feira (01), quando procurou a Delegacia de Polícia de Praia Grande para elaborar um boletim de ocorrência.

A vítima não possui nenhuma cópia dos papéis assinados, também não sabe qualificar nomes e documentos dos envolvidos no caso, somente o local onde trabalhou. O caso segue em aberto.

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