Pinguins tratados pelo Cetas Marinho voltam ao mar no próximo mês

Costa Norte
Publicado em 20/08/2015, às 07h43 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h41

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Só neste ano, desde o início do mês de junho, mais de 100 pinguins da espécie Spheniscus magellanicus, conhecidos popularmente como pinguins de Magalhães, foram encontrados na região costeira do litoral sul, entre Peruíbe e Bertioga. O triplo em comparação ao ano passado. Os animais chegaram famintos, debilitados e muitos foram encontrados já mortos. Entretanto, para 25 pinguins, o retorno para o seu habitat está mais próximo.

O Centro de Recepção e Triagem de Animais Marinhos (Cetas Marinho), mantido pela prefeitura de Guarujá, em parceria com o Instituto Gremar - Pesquisa, Educação e Gestão de Fauna- cuida dos 25 pinguins que sobreviveram e  que logo estarão de volta ao mar. A previsão é que no mês de setembro eles possam ser soltos na corrente das Malvinas, próxima à Laje de Santos, a 32 milhas náuticas da costa e voltem para a Patagônia, seu habitat. A data deve ser definida de acordo com as condições climáticas.

Segundo a bióloga do Gremar Rosane Farah, os animais migram para o norte durante o inverno e muitos ficam muito magros, perdem sua camada de gordura (hipoderme), e assim não isolam a temperatura do mar, o que ocasiona hipotermia. “Eles deveriam  pesar cerca de 3,5 quilos, mas chegaram aqui com 1,5 ou menos. Nesses casos, é muito difícil a recuperação”.

Atualmente, além dos 25 pinguins, também estão aos cuidados do Cetas Marinho, três tartarugas verdes, cinco atobás, uma gaivota e duas fragatas. A veterinária Cássia Cristina Vitorina Del Valle acompanha a recuperação desses animais. “A natação forçada fortalece os músculos, para que possam voltar ao mar. Nesse estágio, a alimentação é livre, ou seja, eles já comem por conta própria, o que os prepara para a fase de soltura”.

A unidade do Cetas Marinho/Gremar já se tornou referência no estado de São Paulo e no país. Localizado no Km 13,5 da rodovia Guarujá/Bertioga, o Cetas  está equipado para atendimento de animais marinhos vítimas de acidentes, redes de pesca ou contaminados por produtos químicos. Conta com uma área para descontaminação de animais oleados; 20 recintos semiaquáticos e aquáticos; e uma casa flutuante, que serve como suporte para o pessoal técnico e base da Guarda Ambiental do município.

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