ESPERANÇA

“A gente come hoje graças aos moradores de Peruíbe”, diz jovem que vive com mais sete familiares

Família corre o risco de ser despejada de casa e pede doações de qualquer coisa para sobreviver

Catarina Del Corso
Publicado em 23/05/2021, às 21h36 - Atualizado às 22h02

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Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Uma família de Peruíbe (SP) tem passado por extrema dificuldade, inclusive necessidade de alimentos, com a chegada da pandemia e do desemprego as coisas pioraram. Samyra Pereira dos Santos, 26 anos, viu como uma das únicas soluções expor os problemas e necessidades da família nas redes sociais, com esperança de que as pessoas se sensibilizem e possam doar alimentos ou qualquer coisa para as oito pessoas da família sobreviverem. “A gente come hoje graças aos moradores de Peruíbe”, disse Samyra dos Santos emocionada.

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Com o risco de serem despejados, os três adultos, sendo uma idosa acamada, e as três crianças com menos de cinco anos de idade, precisam de ajuda para uma nova etapa da vida. Uma etapa de mudanças, sem fome e de esperança. “Minha mãe vai para as ruas todo dia pedir doações de alimentos”, disse Samya dos Santos. A família não paga conta de luz e água há mais de dois meses e teme ficar sem energia e bens básicos. Além disso, o que ajuda atualmente é o auxílio emergencial do governo e a aposentadoria de R$600,00 da idosa acamada. Só o aluguel é R$500. A jovem explica que, eles procuram emprego desde janeiro, mas a resposta é sempre “não” ou “vamos ver” e o retorno nunca chega. “Conforme a pandemia foi chegando, foi tudo fechando. Procuramos emprego em todos os lugares e nenhum estava contratando”, ressaltou.

(Arquivo Pessoal)

A família já chegou a ter um negócio próprio no fim do ano passado, que foi por água abaixo literalmente, com a chegada de uma enchente. Todo o fenómeno natural destruiu os móveis da família, maquinário da empresa e boa parte do ânimo dos moradores. “Se a gente tem móveis, geladeira, tudo é por doação. Não temos guarda-roupa, não temos camas em boas condições”, relatou para a redação do jornal. A casa em que moram tem três cômodos para as oito pessoas. No andar debaixo é o quarto da senhora e das crianças, junto com a sala, o banheiro e a cozinha. A parte de cima é um espaço que eles dividem com cortina para os dois casais dormirem.

(Arquivo Pessoal)

Diante das necessidades da família e com a exposição nas redes sociais, uma conhecida viu a história e doou um terreno vazio em Caraguava para a família recomeçar a vida. Porém, eles não conseguem juntar dinheiro para os materiais de construção, pois, outras coisas sempre “passam na frente” como alimentos e produtos de higiene. “Um dia chegamos a ficar sem papel higiênico”, comentou Samyra dos Santos, ela confirma também que qualquer doação é bem-vinda, inclusive, de materiais de construção. “Não digo só dinheiro, mas se alguém puder ajudar com material de construção, tijolo, areia, bloco, entulho, madeirite. Nem sempre as pessoas têm tudo para doar, mas se as pessoas puderem doar um pouco, nós já agradecemos”.

Em texto escrito no Facebook, Samyra dos Santos ressalta a necessidade da família em se reerguer e pede ajuda para não serem despejados. “Estamos passando por muita dificuldade a ponto de sermos despejados com três crianças e uma senhora acamada. Ganhamos um terreno e estamos pedindo ajuda para conseguir construir”. Samyra dos Santos destaca que, se alguém quiser fazer uma chamada de vídeo com ela para conhecer as reais condições da família ou fazer uma visita à família, eles aceitam. O número de contato para mais informações é 013 99600-0584, falar com Samyra. A família também aceita PIX por meio do número: 42748045858.

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