*Foto: Antonio Pereira/JCN
Um grupo de 40 pessoas, entre familiares e amigos das 18 vítimas do acidente ocorrido com um ônibus da Viação União do Litoral, que fazia o transporte de universitários de São Sebastião a Mogi das Cruzes, onde estudavam, prestou homenagens no local do acidente, o Km 84, da rodovia Mogi-Bertioga (SP-098). Na sexta-fera, 8, a tragédia completou um mês. O acidente ainda é investigado pela Polícia Civil.
Para o advogado José Beraldo, que representa dez destas famílias, o Ministério Público de Bertioga, responsável pelo andamento do processo, deve manter-se firme. “Eu já entrei com uma medida para bloquear os bens da empresa, e o objetivo é o ressarcimento dessas famílias por danos morais e materiais”.
Para o zelador Jairo Viana de Oliveira, pai de Guilherme, que estudava design gráfico, o clamor é por justiça: “E se o motorista tivesse sobrevivido? A responsabilidade cairia sobre quem?”. Outra a se manifestar contrária à impunidade foi a caseira Maria Alves de Lima, mãe da Rita, estudante de enfermagem. “Eles estavam estudando, eram guerreiros em busca de uma vida melhor”, complementou.
No último dia 24, o secretário estadual de Segurança Mágino Alves Barbosa Filho divulgou a conclusão do laudo pericial. A constatação foi de falha no sistema de frenagem do veículo devido ao desgaste excessivo do tambor de freios dianteiros, o que aponta manutenção inadequada do ônibus. O secretário também afirmou que o ônibus estava acima da velocidade permitida no trecho.
Respostas
O advogado Antonio Martinho, que representa a União Litoral, empresa responsável pelo veículo acidentado, afirmou que a empresa tem prestado auxílio às famílias por meio de sua seguradora. Mas avisou: “Só podemos atender quem entra em contato e precisamos que sejam apresentadas as notas de despesas para o ressarcimento”. Martinho disse ainda que a empresa disponibilizou um telefone para facilitar o atendimento: (11) 97681 9821.
Já a prefeitura de São Sebastião, responsável pela contratação do ônibus, informou por meio de nota que tem dado assistência às famílias e que todas foram visitadas para avaliarem as necessidades. “Até o momento 22 famílias de alunos feridos já foram visitadas e os atendimentos continuam com as demandas necessárias. A prefeitura implantou um posto de atendimento às famílias das vítimas, no Centro de Referência de Assistência Social, no bairro de Boiçucanga. O local oferece orientação jurídica, psicológica e social”. O Cras fica na rua Sargento Felisbino, nº200 - Bairro: Boiçucanga
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