A proposta do Plano Metropolitano de Desenvolvimento Estratégico da Baixada Santista, encomendada pela Agência Metropolitana (AGEM), foi apresentada ao prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, e a secretários municipais, na manhã de quinta-feira (21). Como prioridade do estudo, que será uma espécie de plano diretor regional, foi defendido que os projetos tenham benefícios comuns efetivos a todas as cidades da região. A elaboração do plano está a cargo da empresa Geo Brasilis, vencedora da licitação. O prefeito Mourão destacou que a ideia já vinha sendo defendida há algum tempo, desde que presidiu o Conselho de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista, em 2006. “Como deputado federal, também apresentei emenda constitucional determinando que cada estado, quando criasse sua região metropolitana, ficasse obrigado a fazer plano diretor estratégico”, salientou. Para formatar a proposta, o prefeito defendeu que fosse feita uma radiografia da situação atual para identificar as barreiras que impedem o crescimento econômico regional. “É preciso considerar a situação particular de todas as cidades, especialmente as localizadas ao sul da região, considerando temas como acessibilidade e desenvolvimento, com equidade social e fiscal”. Segundo Mourão, a riqueza gerada na Baixada Santista não permanece na região nem atrai investidores. “A economia da Baixada Santista passa pela Anchieta e Imigrantes e sobe a serra. Temos decaído nos últimos 15 anos no número de postos de trabalho e da massa salarial, e o PIB vem crescendo. Vemos, por exemplo, indústrias de carrocerias saindo do Rio Grande do Sul e se instalando no Vale do Paraíba, por causa da mão de obra. A instalação de universidades públicas, com comprometimento com o setor produtivo poderia ser uma solução”, sugeriu. O diretor Executivo da Agem, Marcelo Bueno, concordou com as colocações de Mourão. “Não tiro nenhuma palavra do que o prefeito falou. Entendo a preocupação dele com as questões metropolitanas, dos gargalos que ocorrem não só com Praia Grande, mas com as cidades vizinhas. Ele deu um panorama do que vem acontecendo com as regiões metropolitanas. No caso da Baixada Santista, a distribuição de maneira metropolitana ajudaria todas as cidades”, considerou. Já o diretor da Geo Brasilis, José Roberto dos Santos, que apresentou o projeto, disse que a estratégia do plano é consolidar o desenvolvimento econômico para toda região. “É importante identificar nos municípios da região aqueles que necessitam de ações mais especificas e diretas. Parte do estímulo está ligado a investimentos que geram empregos. É preciso estimular um processo de atração de novos investimentos para os demais municípios. O desenvolvimento da região vai ocorrer com o fortalecimento de todas as economias municipais”, sinalizou. A Baixada Santista será primeira, entre as regiões metropolitanas do Estado de São Paulo, a contar com um Plano Metropolitano de Desenvolvimento Estratégico da Baixada Santista.
Comentários