*Foto: JCN
Por Marina Aguiar
Indignada com os serviços da unidade de pronto atendimento (UPA) de Bertioga, uma moradora, que prefere não ser identificada, procurou a nossa reportagem para denunciar a situação presenciada e registrada no local, por meio de um vídeo de celular. Ela esteve na unidade entre segunda e terça-feira, dias 1 e 2, para acompanhar o marido. Disse ela: "Meu marido está com pneumonia. E passou no médico, mas mandaram ele ir para casa. Ele voltou porque estava expelindo sangue e o médico queria liberá-lo de novo, mas eu não deixei; só então o internaram, mas não fizeram nenhum exame específico".
A mulher também registrou a situação de outros pacientes do observatório masculino da unidade. Ela explica que havia um rapaz com o fêmur quebrado, sentado em uma cadeira esperando transferência, sem receber medicação no horário correto ou ir ao banheiro. Um idoso, com suspeita de derrame, também aguardava exames e transferência, segundo ela. A imagem mostra o homem inconsciente, sentado em uma cadeira. Outro paciente, ao ver a gravação, aproveitou para reclamar do atendimento: “Este hospital aqui é um lixo; ninguém liga pra ninguém. Nós somos que nem cachorros” (o vídeo e a reportagem veiculada na TV Costa Norte podem ser conferido no site www.costanorte.com.br).
Questionado, o Instituto Corpore, empresa gestora da UPA, informou, na quarta-feira, 3, por meio de nota, que os pacientes citados foram prontamente atendidos pela equipe da unidade.
Sobre o paciente idoso citado, a nota informa que o mesmo “deu entrada no dia 1º de fevereiro, foi atendido em sua residência pela equipe do Samu, com um quadro de dificuldade de locomoção e pouco responsivo aos estímulos verbais. O paciente foi prontamente atendido pelo corpo clínico da UPA assim que deu entrada, sendo medicado e ofertado oxigênio para o seu conforto. Foi realizada uma tomografia de crânio, sendo aguardado o laudo diagnóstico para dar continuidade ao tratamento”.
Na tarde de sexta-feira, 5, a assistente social da UPA, Janete Costa, entrou em contato com a redação para informar que um dos pacientes citados na denúncia (que segundo ela seria o marido da denunciante) foi transferido na quarta-feira, 3, para o Hospital Emílio Ribas.
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