SAÚDE

Mongaguá, Guarujá e Bertioga são as que mais vacinam contra pólio na Baixada Santista

Cidades têm maior proporção de vacinados contra paralisia infantil, mas ainda estão longe da meta de 95% de cobertura do Ministério da Saúde

Da redação
Publicado em 21/10/2022, às 14h37 - Atualizado às 14h58

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Divulgação
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Entre as nove cidades da Baixada Santista, Mongaguá, Guarujá e Bertioga são as que mais vacinam contra a poliomielite, mas ainda estão longe da meta de 95% de imunização do PNI (Programa Nacional de Imunizações). Os números são das prefeituras e do último painel de imunização do Ministério da Saúde, que contabiliza a vacinação até ontem (20).

Em crianças infectadas, a poliomielite pode causar uma série de complicações. Em casos severos, a doença pode provocar paralisia dos braços e das pernas e problemas no sistema respiratório. A doença, que não tem tratamento específico, tem na vacinação sua única forma de prevenção.

No PNI, o esquema de vacinação das crianças é composto por cinco doses ministradas dos dois meses ao final dos quatro anos.

Mongaguá detém o índice mais alto de vacinação entre as cidades da região, com  63 em cada 100 crianças com o ciclo de vacinação contra a pólio em dia. Depois vem Guarujá com 60 em cada 100 e Bertioga, com 59 em cada 100 (veja a lista abaixo). São Vicente, que vacinou pouco mais de um terço das crianças, tem a pior vacinação da região.  

Mesmo após sucessivos prolongamentos da campanha nacional de vacinação contra a poliomielite, nenhuma entre as nove cidades da Baixada Santista chega a 65% de cobertura. De 99 mil crianças com até cinco anos na região, mais de 46 mil ainda não foram imunizadas contra a doença. 

Com campanhas de imunização que já chegaram a 100%, o último caso de pólio notificado no Brasil foi em 1989. Porém, após uma sucessão de baixas coberturas vacinais desde 2016, além de casos confirmados em regiões do mundo onde a doença parecia erradicada, incluindo os Estados Unidos, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) incluiu o Brasil na lista de países que estão sob alto risco de retorno da doença.

No estado de São Paulo, mais de 1,5 milhão de crianças ainda não foram vacinadas contra a paralisia infantil. Nacionalmente, mais de 3,4 milhões.

Até agora, Itanhaém vacinou 57 em cada 100 crianças e Praia Grande e Cubatão vacinaram 56 em cada 100. A prefeitura de Praia Grande informou um número divergente daquele do Ministério da Saúde. Segundo o órgão, a taxa municipal de vacinação no município é de 85%, o que destoa dos números das outras cidades do estado de São Paulo e também do país.

Peruíbe e Santos não vacinaram nem metade das crianças. A primeira vacinou 48 em cada 100 e a segunda 41 em cada 100. A prefeitura de Santos disse que entre as crianças de dois a seis meses, idade em que são aplicadas três das cinco doses contra a pólio, a cobertura é de 75%.

A reportagem questionou todas as gestões municipais sobre quais providências estão sendo adotadas para ampliar a cobertura de vacinação contra a poliomielite. A prefeitura de Bertioga disse que tem estendido os horários de vacinação em parte das unidades de saúde. Santos disse que seleciona e mantém abertas unidades de saúde aos sábados e domingos. As demais prefeituras não se manifestaram.

As crianças podem ser imunizadas durante todo o ano em postos de saúde. 

Os números da vacinação contra a poliomielite da Baixada Santista

(Fonte: Ministério da Saúde)

Total de crianças com idade entre dois meses e cinco anos da Baixada Santista: 99.757

Porcentagem de vacinação contra a poliomielite da Baixada Santista: 53,35%

São Vicente

19.666 crianças

36,68%

Santos

17.008 crianças

41,92% de cobertura

Praia Grande

19.117 crianças

56,88%  de cobertura

Guarujá*

18.450 crianças

60% de cobertura

Cubatão

7.511 crianças

56.01% de cobertura

Mongaguá

3.352 crianças

63,48% de cobertura

Peruíbe

4.078 crianças

47,96% de cobertura

Itanhaém

6.156 crianças

57,55% de cobertura

Bertioga

4.441 crianças

59,72% de cobertura

*Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Guarujá. 

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