Grupo Pitanga propaga a arte, a preservação e a sustentabilidade pela cidade por meio de ações de conscientização
O grupo responsável por uma placa que viralizou na cidade de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, explicou a ideia por trás da ação. "Usamos a arte como ferramenta de conscientização", disse o fundador do grupo, o jornalista e ambientalista Edgar Pedro, de 42 anos.
O cartaz, fixado na avenida Albert Sabin, no bairro Parque Augustus, sentido Gaivotas, contém garrafas pet e de vidro, além de embalagens de cigarro e remédios, com a seguinte frase: "Procura-se o animal que deixou este rastro".
https://www.instagram.com/p/CQjUsY2DXMO/
A publicação viralizou após a internauta Maria Aparecida Ferreira Pires publicar uma foto no grupo de Facebook 'Itanhaém e outros destinos Turismo & Notícias'. "Recebi a foto de uma amiga e publiquei, achei muito boa a ideia. Uma forma de chamar a atenção sobre o lixo, que é de responsabilidade do seu dono", declarou a turista.
A mensagem rendeu brincadeiras de internautas, que chegaram a defender os animais. "Mais respeito pelos animais, eles não tomam cerveja, coca cola e outros. Nem dá pra qualificar como porco também, porque o porco só é porco sujo se o dono (humano) for", disse uma mulher.
https://www.instagram.com/p/CQpFoeNDirG/
O Grupo Pitanga une arte, preservação e sustentabilidade e realiza diversas ações de conscientização ambiental há quatro anos. "Temos uma parceria 'onda verde', nos ajudam com a tinta, às vezes. Com a ajuda de alguns parceiros e, principalmente do Américo Neto, grafiteiro há mais de 30 anos, grafitamos muros, fazemos trabalhos de arte. Também faço coleta seletiva, ajudo na produção de hortas e ministro palestras em escolas", explicou.
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Segundo Edgar, o projeto nasceu após uma fase sombria em sua vida. "Eu precisava me reinventar e decidi fazer o bem apenas, sem olhar a quem. Coincidentemente, eu estava embaixo de uma pitangueira", informou. Ele passou a recolher materiais recicláveis e plantar mudas para doar.
https://www.instagram.com/p/CPvyUmXD5ua/
"Já doei 4 mil mudas, faço de coração. Cultivo pitanga, acerola, amora, cacau, manga goiaba, grumixama, araçá, ingá, boldinho, além de ipê amarelo, quaresmeira, banana, mandioca, almerão selvagem e temperos. Se alguém quiser contribuir, doar, eu aceito, mas nunca cobrei nada", declarou o artista.
Aos poucos, o Grupo Pitanga cresceu e, além dos artistas e voluntários, conta com o apoio de 15 comerciantes, que realizam doações e participam das ações sustentáveis. "Pra participar, o comerciante tem que mudar os hábitos. Eles fazem compostagem e separam os materiais recicláveis para nós. Já tiramos 15 toneladas de resíduos sólidos da natureza".
https://www.instagram.com/p/CM97WDcjch4/
Com o progresso do grupo, Edgar recebeu propostas e passou a palestrar para crianças das escolas do município. "Como uma criança, sem dinheiro e sem maturidade, pode ajudar a natureza? De muitas formas e é isso que eu ensino".
O grupo mantém ações ambientais e artísticas pela cidade e mantém as ações com contribuições voluntárias. Mais informações no perfil do grupo no Instagram.
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