Há uma semana, no data do próprio aniversário, Francisco Deó desapareceu em Itanhaém. Diagnosticado recentemente com Alzheimer, idoso havia começado a tomar medicamentos na semana em que sumiu, mas remédios ficaram na residência
Da redação
Publicado em 03/05/2022, às 12h45 - Atualizado às 14h17
Uma data que deveria ser de celebração marcou o início de um drama familiar em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Na manhã de 27 de abril, Francisco Deó, que então completava 73 anos, saiu de sua casa na Chácara das Tâmaras perto da região central e foi em uma loja, a menos de 1km de sua residência para uma compra rápida. Não voltou. Não foi mais visto.
“Hoje faz uma semana. Hoje faz sete dias”, disse ao Portal Costa Norte nesta terça (3) a administradora de 34 anos Elaine Deó, filha de Francisco. “A gente continua lutando de todas as formas, através de panfletos, de buscas mesmo, com carro, até carro de som a gente já colocou pra rodar nos bairros que a gente imagina que ele tenha ido”.
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Casado e pai de duas filhas, o idoso saiu por volta das 8h do dia de seu aniversário à procura de uma peça para o portão que queria consertar. Segundo familiares, a passagem dele na loja de eletrônicos onde é cliente conhecido é a última pista certa do idoso.
Depois disso, as informações sobre o paradeiro de seu pai são difusas, relata a filha mais velha Maria Vanusa Deó, de 42 anos. “Nenhuma pista concreta”, lamenta a enfermeira que se licenciou de seu trabalho na capital paulista para ajudar a procurar o pai em Itanhaém.
“A gente tá tentando manter mesmo a positividade de que vai encontrar. A gente meio que tá bloqueando qualquer pensamento negativo, porque eu acho que não vai ajudar nesse momento. A gente tá concentrado na busca”, explica Maria Vanusa.
Além da idade que inspira preocupação, relatam os parentes, Francisco foi diagnosticado recentemente com Alzheimer, doença neurodegenerativa que, entre outros sintomas, provoca desorientação e perda de memória.
“Ele estava tomando remédio. Um dia antes ele tinha passado no médico” relembrou o engenheiro civil de 34 anos Marcos Recomini, genro do idoso, casado com sua filha Elaine, que completa. “Ele iniciou a medicação para Alzheimer na semana que desapareceu. Os remédios ficaram em casa. Ele saiu de casa sem nada. Documentos, óculos, dinheiro, tudo está em casa”.
“A minha mãe tem altos e baixos. Ela fica desesperada, ela tá bem abalada”, afirma Maria Vanusa. “Ao mesmo tempo, sempre tem alguém na minha casa. A gente tá recebendo apoio de familiares. Apoio da vizinhança”, contemporiza.
“É desespero”, define Marcos a sensação da família do idoso. “Você não sabe onde tá, se comeu, se não comeu, se tá bem, se tá vivo”.
O desaparecimento do idoso foi registrado no 2º Distrito Policial de Itanhaém que investiga. Pistas que possam ajudar na procura podem ser informadas nos telefones (13) 98199-3420, (13) 98108-0611, (13) 99674-3395 e (13) 99621-578.
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