Região registra escalada de mortes suspeitas
Uma perna humana foi encontrada boiando no Rio Itanhaém, na cidade de mesmo nome, no litoral de São Paulo, no início da noite desta quinta (20). A Secretaria estadual de Segurança Pública, disse neste sábado (22) que a polícia investiga o caso.
De acordo com a ocorrência, policiais militares encontraram a parte de um corpo nas águas do rio perto do píer da Ilha do Mauricinho, a cerca de 12km da região central da cidade. A equipe acionou o Corpo de Bombeiros que fez o recolhimento.
Foram requisitados exames ao IML e o caso foi registrado como morte suspeita pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém.
O caso se dá em meio a uma escalada de outras mortes suspeitas no litoral paulista. Desde junho, ao menos 16 corpos sem vida, com características de execução, apareceram na calada da noite ou à luz do dia sob viadutos, beiras de estradas ou ciclovias das cidades do litoral paulista - alguns deles com cordas atadas aos pés ou às mãos, enrolados em lençóis ou sacos de lixo.
Os dois últimos corpos foram encontrados há uma semana, em Praia Grande e Santos. Os outros 14 foram encontrados em menos de dois meses, entre o final de junho e de agosto. A maioria em Santos, Guarujá e Praia Grande. Sete corpos foram encontrados em um intervalo de cinco dias, entre 18 e 23 de agosto.
Entre as 16 vítimas, treze eram homens com idades entre 20 e 50 anos. Os dois últimos ainda não foram identificados. A única pessoa do sexo feminino entre os executados, uma mulher de 28 anos, foi encontrada também com marcas de tiro e hematomas, em 18 de agosto, em Praia Grande.
No final daquele mês, após o encontro do 14º corpo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que não havia indícios de relação entre os casos. À época, o órgão estadual também afirmou que as investigações prosseguiam, conduzidas pela Polícia Civil de Santos e Delegacias Especializadas - o DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Santos e a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Praia Grande.
Veja a cronologia das execuções
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