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Ninho de tartaruga gigante que desovou três vezes em Itanhaém é monitorado em tempo real

Monitoramento tem por objetivo aumentar as medidas de segurança. Além da câmera, equipes se revezam na proteção do local

da Redação
Publicado em 25/03/2021, às 12h49 - Atualizado às 13h03

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O animal foi flagrado pela última vez na noite desta quarta-feira (17), na região da Boca da Barra. - Divulgação/Mineral Engenharia e Meio Ambiente
O animal foi flagrado pela última vez na noite desta quarta-feira (17), na região da Boca da Barra. - Divulgação/Mineral Engenharia e Meio Ambiente

O ninho da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) na praia do Suarão, localizada na cidade de Itanhaém (SP), está sendo monitorado em tempo integral por uma câmera de segurança.

O objetivo é aumentar as medidas de segurança do local e, além disso, “também colaborar com a disseminação de conhecimento a respeito da tartaruga-de-couro e da importância da conservação do ambiente marinho”, diz Claudio Viera, Coordenador Geral do PMP-BS Área SP pela Mineral Engenharia e Meio Ambiente.

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Esse ninho foi o primeiro de uma sequência de três feitos pela mesma tartaruga-de-couro em praias de Itanhaém. A primeira postura ocorreu em 19 de fevereiro, a segunda e a terceira nos dias 5 e 18 deste mês. Esses são os primeiros registros de desova dessa espécie em Itanhaém. Durante a temporada reprodutiva, a tartaruga-de-couro pode fazer até 11 posturas. Não é possível saber se as desovas em Itanhaém estão entre as primeiras ou últimas.

“Além da câmera, temos equipes se revezando na proteção e monitoramento dos ninhos”, comenta Rodrigo Valle, coordenador geral do Instituto Biopesca. “Vínhamos também fazendo ações de educação ambiental com os visitantes, mas estão suspensas temporariamente em função das restrições para conter o avanço da covid-19. Essas medidas incluem o fechamento das praias”, explica. “De toda forma, todos podem continuar acompanhando as novidades em nossas redes sociais e pelo site”, explica.

Saiba mais

A tartaruga tem 1,77m de comprimento total e foi anilhada pela equipe do Instituto Biopesca na ocasião da primeira desova. Esse procedimento colabora com os estudos para a conservação da espécie – que está ameaçada de extinção – além de permitir o seu reconhecimento nas outras duas posturas. Essa espécie deposita, em média, 100 ovos em cada ninho, que devem eclodir entre 60 e 90 dias.

A Mineral Engenharia e Meio Ambiente é a responsável técnica e o Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no litoral do estado de São Paulo, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Sobre o projeto

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados, ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Fonte para acompanhar o monitoramento em tempo real: Ninho de Tartaruga-de-Couro Monitoramento 24h Online

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