SAÚDE DA MULHER

Vereadora de Ilhabela (SP) apresenta PL e pede fornecimento de absorventes em escolas e UBS

Segundo a presidente Diana Almeida, autora do projeto, embora seja um item de saúde necessário, os absorventes ainda são considerados artigo de luxo para muitas mulheres que não têm acesso ao material por falta de condições financeiras

Da redação
Publicado em 16/08/2021, às 14h19 - Atualizado às 14h33

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Segundo pesquisa, 26% de meninas brasileiras não têm dinheiro para comprar absorvente - Foto: Divulgação
Segundo pesquisa, 26% de meninas brasileiras não têm dinheiro para comprar absorvente - Foto: Divulgação

A presidente da Câmara de Ilhabela, vereadora Diana Almeida, apresentou um projeto de lei que solicita o fornecimento de absorventes em escolas públicas e postos de saúde do arquipélago.

O PL será votado na sessão ordinária, que ocorre na noite desta terça-feira (17). Se aprovado, o projeto segue para a sanção do prefeito Toninho Colucci.

A justificativa da vereadora é que embora seja um item de saúde necessário, os absorventes ainda são considerados artigo de luxo para muitas mulheres que não têm acesso ao material por falta de condições financeiras.

“Essa realidade é geradora de um grande risco à saúde dessas mulheres, que muitas vezes utilizam recursos menstruais inadequados, que são causadores de infecções graves. A falta de recursos financeiros para adquirir os absorventes também causa um grande impacto na educação, tendo em vista que muitas alunas, por não terem acesso a esses produtos, faltam às aulas durante todo o período menstrual”, explica a autora do projeto.

A presidente ainda cita os impactos na educação e na saúde física. “A pobreza menstrual, termo criado para se referir à falta de acesso aos produtos menstruais adequados por carência financeira, também causa grande impacto na saúde mental das mulheres, que passam a ver a menstruação de forma negativa e não como um sinal de saúde”, diz.

Ainda de acordo com a vereadora, a pobreza menstrual é uma situação enfrentada por muitas meninas e mulheres em todo o mundo, e para combatê-la muitos países já disponibilizam os absorventes nas escolas e em outros locais.

“Na Escócia, por exemplo, em vários pubs e restaurantes, os absorventes são fornecidos gratuitamente pelos proprietários. No Brasil, embora existam algumas leis municipais dispondo sobre o fornecimento de absorventes, muitas meninas e mulheres adultas ainda vivem esse drama pessoal mensalmente, não sendo diferente em Ilhabela. O fornecimento de absorventes nas escolas públicas e nos Postos de Saúde, além de relevante para a educação e para a saúde das mulheres, também é uma forma de dar dignidade a elas”, concluiu.

Até o momento, a pauta conta apenas com este projeto de lei para votação.

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