Exposição retrata décadas cruciais de transformação de Ilhabela, de pequena vila caiçara, para atual polo turístico de massas
A metamorfose de Ilhabela, de um minúsculo povoado caiçara, em um polo de turismo de massas urbanizado, é tema de uma exposição fotográfica no Museu da Imagem e do Som (MIS). Em cartaz até 30 de abril, a mostra 'Villa Bella - Memória iconográfica de uma bela Ilha (Ilhabela – 1900-1980)', organizada pela fotógrafa paulistana Maristela Colucci, com textos da jornalista Camila Prado, reúne 69 imagens que retratam a cultura e a vida dos moradores de Ilhabela, nas primeiras oito décadas do século passado.
Segundo o MIS, a mostra dá especial enfoque à transição de Villa Bella para Ilhabela. O período em que a ilha passou por intensas transformações culturais coincide com a evolução da fotografia, destacou o museu nas redes sociais. “Ao mesmo tempo que assistimos ao início de uma grande mudança na captação e no compartilhamento de fotografias, vimos o turismo de massa se intensificar e interferir em hábitos locais, descaracterizando ambientes, geografia e o modo de vida tradicional caiçara”.
A exposição é produto de uma ampla pesquisa sobre essa pluralidade cultural da ilha, acrescentou a publicação. “Durante o processo, Maristela Colucci deparou-se com acervos particulares de famílias caiçaras e dos primeiros imigrantes e veranistas”.
O período de 80 anos, coberto pela exposição, retrata a transição entre a Ilhabela do passado para a do presente, explicou Maristela Colucci, no Instagram. “Vocês podem estar se perguntando por que de 1900 até 1980. E a gente fez um recorte que remonta a uma Ilhabela que era mais caiçara e foi se tornando mais urbana, mais turística”.
Em cartaz de terça-feira a sábado, no MIS, a entrada para a exposição é gratuita. Após o MIS, a exposição seguirá para o Teatro Municipal de Ubatuba, entre 17 de maio e 8 de junho. Em seguida, estará em cartaz no Museu de Arte e Cultura de Caraguatatuba/MACC, de 20 de junho a 20 de julho.