Casas estavam em área de preservação permanente; vereadora da cidade denunciou más condições nos alojamentos das famílias retiradas das construções
A Prefeitura de Ilhabela realizou uma megaoperação contra o crescimento desordenado na cidade nesta quarta-feira (25), após determinação da Justiça em atendimento a um pedido do Ministério Público.
A ação contou com o apoio da Força Tática da Polícia Militar, Conselho Tutelar e envolveu funcionários das secretarias municipais de Governo, Habitação, Desenvolvimento e Inclusão Social, Assuntos Jurídicos e de Serviços Urbanos, além da Divisão de Fiscalização.
A área está localizada na estrada de acesso à Baía dos Castelhanos, onde 11 famílias residiam em situação irregular, sob condições insalubres e com risco iminente de morte.
“Há nos autos prova inconteste da ocupação irregular em área de preservação permanente, identificada como de risco muito alto de deslizamento, com grande degradação ambiental e social”, diz um trecho da decisão do juiz Gabriel Araújo Gonzalez, que acatou o pedido do Promotor de Justiça Dr. Marcelo Neves de Souza e determinou a efetiva desocupação e demolição das construções.
A vereadora de Ilhabela, Diana Almeida, usou as redes sociais para denunciar o que ela chamou de "tratamento desumano" com o local em que famílias estão alojadas.
"Crianças comendo no chão, prédio mofado, banheiros entupidos, sem luz, quartos sem ventilação, sem colchões suficientes e sem lençóis", disse.
De acordo com a vereadora, são mais de dez famílias, com crianças e uma bebê prematura de 27 dias.
A prefeitura de Ilhabela informou que está prestando assistência às famílias removidas, com oferta de passagem para cidade de origem ou aluguel social, desde que as famílias aceitem. "Por enquanto, todos seguem no Núcleo do Itaquanduba, onde podem ficar por tempo determinado", diz a nota.
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