LIXO NO MAR

Pescador se revolta ao fisgar peixe e lixo na ponta do Sepituba em Ilhabela (SP); VÍDEO

Imagens acabaram repercutindo nas redes sociais na quarta-feira (4); estudo mostra que 70% dos resíduos do mar brasileiro são plástico

Da redação
Publicado em 05/08/2021, às 16h40 - Atualizado às 17h19

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Lixo encontrado na rede de pesca em Ilhabela, SP - Foto: Reprodução Facebook
Lixo encontrado na rede de pesca em Ilhabela, SP - Foto: Reprodução Facebook

Uma pescaria inusitada feita por um homem na ponta do Sepituba, no extremo sul do arquipélago de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, chamou a atenção de internautas na quarta-feira (4).

No vídeo é possível ver uma rede de arrasto, que havia sido retirada do mar, dentro de um barco. O problema é que, além dos peixes, o pescador deu de cara com uma montanha de lixo.

As imagens, gravadas pelo próprio pescador, ganharam grande repercussão nas redes sociais. O ilhabelense desabafou.

“Olha o lixo, pessoal. Veio na minha rede. Aqui na ponta do Sepituba. Está ‘grosso’ o lixo. O pescador suja o mar? O pescador limpa. Estou levando embora. Lugar de lixo é no lixo”, disse.

https://www.facebook.com/IlhabelaSpLt/videos/1185372711965074

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LIXO NO MAR

Nas imagens também é possível ver uma grande quantidade de plástico, algo que pode prejudicar o meio ambiente.

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que o plástico é responsável por 70% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros. Segundo o estudo, realizado durante 2020, o isopor é o segundo resíduo mais presente, com participação de 10%. Os dados, divulgados hoje (25), são do projeto Lixo Fora D’Água, da Abrelpe, iniciado em 2018.

De acordo com o levantamento, os resíduos coletados nas orlas das praias têm cerca de 10% de sua origem in loco, ou seja, nas próprias praias e o restante (90%), são provenientes de outras áreas urbanas.

“Constatamos que os resíduos no mar são predominantemente itens de consumo domiciliar. E os fragmentos de plástico e isopor deteriorados, por exemplo, indicam origem distante da praia”, destaca o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo a pesquisa, em 2020 houve uma queda drástica da presença no mar de itens como bitucas de cigarro, canudos e copos descartáveis. Em contrapartida, itens como tampinhas e lacres de garrafas plásticas continuaram a ser encontrados com frequência. Outros materiais também chamaram atenção, como sacolas plásticas de comércios e supermercados, hastes flexíveis, garrafas PETs, isopor, calçados e até assentos de vaso sanitário.

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