Imagens acabaram repercutindo nas redes sociais na quarta-feira (4); estudo mostra que 70% dos resíduos do mar brasileiro são plástico
Uma pescaria inusitada feita por um homem na ponta do Sepituba, no extremo sul do arquipélago de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, chamou a atenção de internautas na quarta-feira (4).
No vídeo é possível ver uma rede de arrasto, que havia sido retirada do mar, dentro de um barco. O problema é que, além dos peixes, o pescador deu de cara com uma montanha de lixo.
As imagens, gravadas pelo próprio pescador, ganharam grande repercussão nas redes sociais. O ilhabelense desabafou.
“Olha o lixo, pessoal. Veio na minha rede. Aqui na ponta do Sepituba. Está ‘grosso’ o lixo. O pescador suja o mar? O pescador limpa. Estou levando embora. Lugar de lixo é no lixo”, disse.
https://www.facebook.com/IlhabelaSpLt/videos/1185372711965074
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LIXO NO MAR
Nas imagens também é possível ver uma grande quantidade de plástico, algo que pode prejudicar o meio ambiente.
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que o plástico é responsável por 70% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros. Segundo o estudo, realizado durante 2020, o isopor é o segundo resíduo mais presente, com participação de 10%. Os dados, divulgados hoje (25), são do projeto Lixo Fora D’Água, da Abrelpe, iniciado em 2018.
De acordo com o levantamento, os resíduos coletados nas orlas das praias têm cerca de 10% de sua origem in loco, ou seja, nas próprias praias e o restante (90%), são provenientes de outras áreas urbanas.
“Constatamos que os resíduos no mar são predominantemente itens de consumo domiciliar. E os fragmentos de plástico e isopor deteriorados, por exemplo, indicam origem distante da praia”, destaca o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.
Segundo a pesquisa, em 2020 houve uma queda drástica da presença no mar de itens como bitucas de cigarro, canudos e copos descartáveis. Em contrapartida, itens como tampinhas e lacres de garrafas plásticas continuaram a ser encontrados com frequência. Outros materiais também chamaram atenção, como sacolas plásticas de comércios e supermercados, hastes flexíveis, garrafas PETs, isopor, calçados e até assentos de vaso sanitário.
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