Por Maria Paula
Um dos principais problemas atuais enfrentados pelo Porto de Santos – que são as suas vias de acesso – deverá ser solucionado com a destinação dos recursos apresentados pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante a 10ª edição da ‘Santos Export - Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos’. O evento aconteceu nesta segunda e terça-feira (13 e 14), no Hotel Casa Grande, em Guarujá. Alckmin abriu o Fórum falando dos investimentos estaduais que estão sendo realizados nas principais vias de acesso ao maior complexo portuário da América Latina. Entre os benefícios prometidos está o montante de R$ 150 milhões, que serão destinados à rodovia Cônego Domênico Rangoni (antiga Piaçaguera-Guarujá), incluindo ciclovias.
Sistema viário Segundo Alckmin, outra contribuição direta do Estado já foi para a implantação da 2ª pista da Rodovia dos Imigrantes e o Rodoanel, com a construção da Aza Sul. Em fase de licitação está a Aza Norte e, até o final de 2013 será entregue a Aza Leste, afirmou o governador. O Ferro-Anel, que deve ser incluído no programa de concessão federal e receberá o apoio do Estado também foi citado por ele como forma de contribuição do sistema viário do Porto.
Movimentação “O porto tinha gargalos muito graves e hoje muito deles foram superados e, o Estado vem trabalhando muito na questão dos acessos”. O governador também citou o crescimento da movimentação do porto, neste ano, que atingiu a marca de 100 milhões de toneladas. Na opinião do chefe de Estado, a participação da sociedade civil, dos trabalhadores, empresários, Estado e do município são extremamente importantes para o resultado desejado de um porto público com gestor.
Desafios Temas como gestão portuária, agronegócio e os novos desafios do cais santista também estavam na pauta do evento. O objetivo dos especialistas e lideranças públicas e privadas ligadas ao porto é criar estratégias de aperfeiçoamento dos processos, inclusive, logísticos e de infraestrutura de todo o complexo. Mais autonomia das autoridades portuárias, menos burocracia e mais consenso entre os agentes públicos e privados também fizeram parte das discussões.
Recomendações Entre as principais recomendações estão, em curto prazo: licitação de novas áreas alfandegadas, expansão do programa ‘Porto 24 horas’ e aumento do número de fiscais; no médio e longo prazo: a continuidade do programa de dragagens, a entrada em operação dos novos terminais de Santos (BTP e Embraport), a aceleração dos processos de licitação, a licitação de novos terminais e a implantação e expansão de acessos ferroviários, rodoviários e conexão intermodal.
Carta pública Ao final, uma carta pública foi apresentada com os principais assuntos discutidos durante o fórum. A carta destaca a necessidade de um modelo de gestão que amplie a capacidade e a velocidade da administração portuária em superar os obstáculos e concretizar investimos. "O Porto de Santos não pode esperar. Nesta edição do fórum ficou claro que há, por parte de todos os agentes que orbitam em torno do complexo, um clima de apreensão. É consenso que, como todos os avanços conquistados nos últimos anos, muita coisa melhorou, mas ninguém ousa dizer que já estamos preparados para o crescimento previsto para os próximos anos", diz trecho do documento. O evento foi promovido pelo Sistema A Tribuna de Comunicação.
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