Prefeitura inicia processo de regularização fundiária na Prainha Branca

Costa Norte
Publicado em 20/04/2011, às 12h26 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h15

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Cerca de 90 famílias residentes na Prainha Branca, localizada na região conhecida como Rabo do Dragão, em Guarujá, estão perto de resolver um impasse que se arrasta há décadas. A prefeitura iniciará o processo de regularização fundiária no local, que abriga uma das mais tradicionais comunidades caiçaras do município. O pontapé inicial será o cadastramento das famílias, previsto para maio.

A medida foi definida na reunião do GT Condephaat (Grupo de Trabalho do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) – Prainha Branca, realizada no último dia 12. Criado a partir do tombamento da vila pesqueira, o grupo é composto por representantes da prefeitura, Condephaat, Fundação Florestal - órgão gestor da Área de APA (Proteção Ambiental) Marinha Litoral Centro, braço da Secretaria Estadual do Meio Ambiente na região e comunidade.

Cadastramento

Durante o encontro, foi deliberado que o Poder Público Municipal coordenará o trabalho de regularização fundiária do vilarejo. Como a área pertence à União e ao Estado, uma reunião com a PGE (Procuradoria Geral do Estado) e com o SPU (Serviço de Patrimônio da União) também será agendada para discutir a questão.

O GT Condephaat - Prainha Branca se reunirá com os moradores da comunidade para informar e sanar dúvidas sobre o cadastramento. A reunião será realizada no próximo dia 30 de abril, às 15h, na sede da SAPB (Sociedade Amigos da Prainha Branca). “É importante que os moradores se cadastrem e apresentem qualquer documento que comprove a aquisição ou registro de propriedade do imóvel”, frisou o secretário da Cultura, Elson Maceió, que representa a prefeitura no GT Condephaat.

História

A comunidade da Prainha Branca foi criada há mais de 100 anos. Há indícios de que o povoamento do local tenha iniciado por volta de 1830. Pelo último levantamento da Administração, o vilarejo abriga atualmente cerca de 90 famílias. “Todos os moradores pertencem a quatro eixos familiares, que deram origem à população local”, revelou o diretor interino de Regularização Fundiária, Milton Aparecido Francisco Júnior. 

Saneamento básico

Dentre os assuntos tratados na reunião, destaca-se também a implantação do saneamento básico na Prainha Branca. Na ocasião, foi definido que a Sabesp e a SOS Mata Atlântica serão convidadas para discutir a questão. Um levantamento da legislação sobre sistema alternativo de saneamento deve ser apresentado na próxima reunião do GT, que acontece no dia 12 de maio, às 10h, na Prainha Branca. O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado entre a prefeitura e o MP (Ministério Público), que proíbe a atividade de camping na Prainha Branca, também foi tema da reunião.

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