A prefeita de Guarujá Maria Antonieta de Brito (PMDB) participou de audiência com o ministro dos Portos, Lêonidas Cristino, em Brasília (DF), na última semana. No encontro, ela reforçou a importância do pedido de um acesso hidroviário às empresas instaladas no Complexo Industrial e Naval do Guarujá (Cing), em Vicente de Carvalho. O intuito é desenvolver um transporte por meio de um atracadouro, de forma que não implique no tráfego de caminhões na área urbana. Para a passagem pública, a prefeitura pleitea um acesso de 30 metros até chegar ao canal, entre as empresas Santos Brasil e a Terminal de Granéis do Guarujá (TGG). O projeto, já apresentado à Codesp, dará importante contribuição para o desenvolvimento da região industrial e naval da área. Segundo Antonieta, é necessária a criação deste acesso público para viabilização da área do Cing. “Ela é estratégica e, há dezenas de anos, é aguardada sua utilização. Agora conseguimos viabilizar esta utilização com fim industrial, naval. Apresentei à Codesp o pedido desta passagem, a fim de permitir que caminhões com matéria-prima e outros materiais possam passar pela área portuária, sem trazer transtornos à população”. Na ocasião, a prefeita lembrou o ministro Lêonidas Cristino que na área do Cing existe a primeira empresa de petróleo e gás na região, que é a Saipem. A empresa, que possui contratos com a Petrobras, escolheu o estado de SP e a cidade de Guarujá por reunirem as condições necessárias para sua instalação. Além disso, nesta área do complexo, outras empresas estão interessadas em se instalar, por conta da cadeia de petróleo e gás, com intuito de atender às necessidades do pré-sal, e a Petrobras na bacia de Santos, que precisa desse aparato.
Previsões A partir de um novo acesso fluvial, a previsão é de que cerca de 50 caminhões/dia passem por ali. Assim, a cidade teria condição de não somente atender a empresa Saipem do Brasil (que poderá sair do estado, caso não tenha condição de acesso para seu desempenho), mas também a outros empreendedores que já demonstraram interesse em Guarujá. No complexo ainda estão instaladas 98% das empresas da área náutica, de esporte e recreio do estado de SP, além da Wilson Sons que tem ampliado as suas operações. Para o ministro, agora, diante de um relatório encorpado apresentado pelo município, ele tem nas mãos um projeto complexo. “Temos condição, sim, de estudar essa alternativa; para o governo federal é de extrema importância. Estarei em contato com a Codesp para estudar as alternativas possíveis, menos traumáticas para o Guarujá e, principalmente, para o povo”, ponderou Leônidas Cristino.
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