HABITAÇÃO

Obras de 580 moradias têm início em Guarujá

Unidades habitacionais serão destinadas a 340 famílias que ocupam área de mangue no bairro Santa Rosa, e a mais 240 da Prainha, em Vicente de Carvalho, que estão em faixa de expansão portuária

Da redação
Publicado em 10/05/2022, às 14h19 - Atualizado às 15h22

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“Programa Vida Digna” visa a erradicação de palafitas na Baixada Santista Obras de 580 moradias têm início em Guarujá Foto do alto do início da construção das moradias em Guarujá - Hélder Lima/Prefeitura de Guarujá
“Programa Vida Digna” visa a erradicação de palafitas na Baixada Santista Obras de 580 moradias têm início em Guarujá Foto do alto do início da construção das moradias em Guarujá - Hélder Lima/Prefeitura de Guarujá

Já estão em andamento, em Guarujá, as obras de 580 moradias do “Programa Vida Digna”, lançado pelo governo do estado e que visa a erradicação de palafitas na Baixada Santista.

No município, 340 unidades serão destinadas para famílias retiradas das imediações da rua Padre Donizete, no bairro Santa Rosa, além de 240 para famílias da comunidade Prainha, no canal do estuário, em Vicente de Carvalho.

Na manhã da última quinta-feira (5), técnicos da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) acompanharam o titular da pasta, Marcelo Mariano, em vistoria às áreas municipais no Parque da Montanha (Vila Edna) e Cantagalo (Enseada),  cujos serviços estão em fase de cravação de estacas (etapa de preparação das fundações), que deve seguir por mais quatro meses.

As novas unidades serão erguidas em áreas municipais contíguas a dois conjuntos habitacionais já existentes. As 340 do bairro Santa Rosa ocuparão o projeto denominado ‘Guarujá O’, no Cantagalo, onde já existem prédios com 400 apartamentos habitados. A remoção das famílias que hoje vivem em área de preservação (mangue), possibilitará a recuperação ambiental, uma vez que o terreno ocupado se trata de Área de Proteção Ambiental (APA).

Já as 240 famílias da Prainha serão contempladas no projeto ‘Guarujá N’, ao lado do Conjunto Habitacional Parque da Montanha, onde já estão ocupados 517 apartamentos dos 574 previstos na primeira etapa do projeto. As 240 unidades serão construídas em três empreendimentos para atender a demanda de palafitas da Prainha, em área de expansão portuária.

O convênio oficializando a construção das unidades do ‘Vida Digna’ foi assinado em setembro do ano passado, entre a Prefeitura e a Companhia de Desenvolvimento  Habitacional e Urbano (CDHU). A Construtora e Incorporadora Faleiros foi a vencedora do processo licitatório da CDHU para todos os empreendimentos.

‘Vida Digna’

Ao todo, serão investidos pelo estado R$ 600 milhões na construção de 2,8 mil novas unidades habitacionais do Programa Vida Digna, na Baixada Santista. Além de Guarujá, foram contempladas pelo programa as cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão. Pelo menos, 15 mil pessoas serão beneficiadas em toda a Região.

As 580 unidades destinadas a Guarujá se juntam as 240 moradias que serão construídas no Cantagalo, com investimentos de R$ 27 milhões, destinadas exclusivamente às famílias vítimas dos deslizamentos decorrentes da tempestade que assolou a cidade em março de 2020; e as  649 unidades do convênio com a Santos Port Authority (SPA),  no valor de pouco mais de R$ 40 milhões, que vai remover famílias da Prainha, totalizando 1.649 unidades, do início de 2021 até agora.

As futuras unidades continuarão priorizando as famílias das comunidades Marezinha, Aldeia e Prainha, em Vicente de Carvalho, que há décadas moram em área irregular, de expansão portuária, que pertence à União e que não têm condições de habitabilidade e nem infraestrutura necessária para moradia.

“As obras estão a todo vapor na cidade. Nossa previsão é que até o final do ano estaremos com mais de 1.400 unidades em construção, simultaneamente, uma prova dos avanços da administração municipal no âmbito da habitação de interesse social”, destaca o secretário Marcelo Mariano, lembrando que o objetivo da prefeitura não é só construir moradias, mas oferecer toda infraestrutura necessária como água, luz, esgoto, pavimentação e outras melhorias para uma vida mais digna para quem vive em áreas consideradas de alto risco.

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