O ministro dos Portos Antônio Henrique da Silveira, o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) Renato Barco e a prefeita de Guarujá Maria Antonieta de Brito assinaram um convênio, na segunda-feira (10), para a construção de um novo acesso ligando a rodovia Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera) e a avenida Santos Dumont. A obra deverá desafogar em cerca de 40% o trânsito de caminhões na rua Idalino Pinez, a popular Rua do Adubo. “Este acesso, que é a primeira fase da segunda etapa da Perimetral, compreende a ligação da Piaçaguera à Santos Dumont, ao lado das empresas Dow Química e Fassina. É uma obra muito importante, pois vai distribuir tanto as cargas que vão para a região do Terminais de Granéis do Guarujá (TGG), Terminal Marítimo do Guarujá (Termag) e Santos Brasil, quanto as que vão para a Cargill, Cutrale, Dow, Fassina, Grille”, explicou a prefeita Antonieta. Os custos das obras serão divididos entre as empresas portuárias, por meio de consórcio. Elas serão responsáveis pela execução do projeto e a construção do acesso em uma área de 50x600 metros, que pertence às empresas Dow Química e Fassina. O projeto completo, com a ligação da fase 2 da Perimetral, prevê um viaduto e a segregação do trânsito urbano.
Em seis meses Segundo o presidente da Codesp Renato Barco, o novo acesso ficará pronto em seis meses. “Para a próxima safra agrícola, será necessária uma gestão intensiva dos governos federal, estadual, municipal e da Codesp, no sentido de administrar o fluxo da safra. Na prática, vamos trabalhar com os pátios reguladores, organizar a fila de chegada dos caminhões para que o impacto na cidade seja o menor possível”, prometeu. Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarujá (Aceg) Rogério Sachs, o novo acesso de caminhões será benéfico para a cidade como um todo. “É muito importante tanto para as empresas como para a sociedade civil, pois melhora a condição porto X cidade. Hoje ainda temos uma condição ruim, em função de haver apenas um acesso (Rua do Adubo), mas este novo acesso facilitará até que tenhamos a complementação do processo com a segunda etapa da Perimetral. A cidade ganha com isso, o porto ganha com isso, e todo mundo sai contente.” Segunda fase O novo acesso será feito enquanto se desenvolve o projeto executivo para a obra mais pesada e definitiva da segunda fase da Perimetral de Guarujá, que utilizará este espaço. “Para o desenvolvimento do projeto executivo da fase dois, o prazo é de 12 meses e, é extremamente importante que este projeto seja feito de forma robusta para que a obra seja também feita de forma célere, sem questionamentos e que possa atender os anseios da população e das empresas”, disse o ministro dos Portos. Também fizeram parte da assinatura do convênio, o vice-prefeito e secretário de Infraestrutura, Duíno Verri Fernandes; o presidente da Câmara Municipal Marcelo Squassoni; os representantes da Santos Brasil, Caio Marcelo Morel Corrêa; da Local Frio, Helio de Athayde Vasone Júnior; dos TGG, José Nazaré Mazzo; do Termag, Rodrigo Lima; do Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá (Teag), Welber Curi; do Terminal Exportador do Guarujá (TEG), George Alberto Takahashi; da Grieg Retroporto, Ramiro Marote; da Dow Brasil, Diego Arrango e do Armazéns Gerais Fassina, Wanderlei Fassina. Porto de Guarujá Antonieta vem defendendo, há alguns anos, que a margem esquerda do porto de Santos, como é conhecido o lado de Guarujá, seja intitulado de Porto de Guarujá. Segundo a prefeita, de toda a carga a movimentada no porto, 60% são realizadas em Guarujá. “Além disso, estamos trabalhando para ter uma alfândega do nosso lado. É uma luta que tenho desde o início do meu governo, pois todo o imposto federal vai para Santos”, disse a prefeita ao ministro. O presidente da Câmara Squassoni e o vereador Gilberto Benzi, que estiveram presentes na cerimônia, partilham da mesma opinião. “A Câmara quer aprovar um projeto de lei, que tem a iniciativa e total apoio da prefeita, não apenas para mudar a nomenclatura da margem esquerda, mas, principalmente, para criar ferramentas para fiscalizar a receita do porto”, sinalizaram.
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