Por Valdir Dias
O clima de comoção que domina a classe política há mais de uma semana, em Guarujá, ganhou as ruas desde a última quinta-feira (15), quando o Diretório Municipal do PPL (Partido Pátria Livre) iniciou uma série de ações visando mobilizar a população para exigir punição aos responsáveis pelo crime que vitimou o então presidente da legenda, o advogado Ricardo Joaquim de Oliveira.
Em faixas colocadas na cidade, em panfletos espalhados pelos pontos de maior concentração popular e nas camisetas distribuídas durante a missa de 7º dia da morte do ex-homem forte da Administração Municipal, o PPL pede justiça e insinua que grupos que atuam nos crimes de contrabando e tráfico de drogas tiveram seus interesses contrariados pela atual gestão e, portanto, conspiraram para matar Joaquim.
Coordenação
A ação de conscientização popular é coordenada pelo presidente estadual do PPL, Miguel Manso, que também ocupa cargo de confiança junto à prefeitura de Guarujá. Após a missa, os militantes do partido pretendiam fazer uma caminhada até a Delegacia. O objetivo era mobilizar a população e exigir justiça em nome da família e dos amigos de Joaquim, mas um temporal atingiu a cidade e dispersou o grupo.
A execução
A morte de Joaquim ocorreu no último dia 08, quando quatro homens chegaram em duas motos a um galpão no Jardim Conceiçãozinha, em Vicente de Carvalho, onde o partido se reunia. Um dos homens entrou no recinto com o capacete cobrindo a cabeça e, diante de dezenas de pessoas, executou o advogado com pelo menos cinco tiros à queima roupa, de uma pistola calibre 45, que deveria ser de uso exclusivo das Forças Armadas.
Sem esclarecimento
O crime chocou a cidade, já estarrecida com assassinatos de outros políticos, como o então vereador Luis Carlos Romazzini (PT), que foi morto no exercício do mandato, no final de 2010, mas cujo homicídio ainda não foi esclarecido.
Ajuda estadual
Nesta semana, a prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) chegou dos Estados Unidos, onde participava de um curso de gestão pública e, em audiência, obteve a garantia do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de que o delegado geral da Polícia Civil do Estado, Marcos Carneiro Lima, vai acompanhar as investigações sobre o assassinato de Ricardo Joaquim de Oliveira.
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