Por Eliana Cirqueira
Prisão de José Adão Pereira de Passos é válida por 30 dias, podendo ser renovada por igual períodoApós a alegação de uma testemunha de que o empresário de Guarujá, José Adão Pereira de Passos, de 55 anos - acusado de matar um jovem turista da cidade de Campinas horas antes do Réveillon, em Guarujá - teria saído do local do crime com as fitas de gravação do momento do homicídio, a Polícia Civil decidiu pedir a prisão temporária do acusado. O fato ocorreu na tarde desta quarta-feira (09). A prisão é válida por 30 dias, podendo ser renovada pelo mesmo período. Conforme havia antecipado em entrevista semana passada, o delegado titular de Guarujá, Cláudio Rossi, a prisão temporária do acusado poderia ser solicitada à Justiça caso houvesse um fato novo nas investigações.
Testemunhas De acordo com o chefe dos Investigadores da Delegacia, Paulo Sergio Carvalho de Lima, o “Carvalhal”, já foram ouvidas 10 testemunhas desse crime, sendo que uma delas contou que José Adão teria tirado as imagens do local (as fitas DVRs). Com esse fator novo, a Polícia considerou que ele poderia prejudicar as investigações do caso e solicitou a prisão.
Mais 20 dias “Neste momento, estamos ouvindo os rapazes que acompanhavam a vítima. A conclusão do inquérito deve levar mais uns 20 dias. O comerciante foi ouvido novamente e manteve a mesma alegação [de que teria agido para ajudar o filho]”, afirmou Carvalhal. O caso O homicídio aconteceu na churrascaria Casa Grande, de propriedade do empresário, e que está localizado no bairro Enseada, em Guarujá. A vítima, o estudante Mário dos Santos Sampaio, de 22 anos, estava acompanhado de amigos e da namorada e, na hora de pagar a conta, houve divergência quanto ao valor cobrado por refeição. Como o custo por refeição estava afixado no exterior e interior do estabelecimento como R$ 12,99, os turistas queriam pagar essa quantia por pessoa, mas a cobrança efetuada foi de R$ 19,99. Aqui, começou a discussão no caixa do restaurante. Ainda de acordo com informações do B.O., o filho do dono do restaurante, Diego Souza Passos, de 23 anos, gerente do local, foi chamado por funcionários e interveio para tentar resolver a questão. Ele explicou que o valor maior seria por conta do horário, já que havia passado das 18h, que seria o horário até o qual o valor estaria vigorando.
Ameaças Houve discussão e agressão física. No registro policial, as testemunhas que acompanhavam a vítima relataram que o gerente do local ameaçou a turma de turistas dizendo que iria esperá-los do lado de fora do estabelecimento. O acusado interferiu nesse momento, indo à cozinha, pegando a faca e golpeando a vítima três vezes, pelas costas.
Morte A equipe do Samu chegou a ser chamada e a socorrer Mário, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Em depoimento à Delegacia, José Adão disse que interferiu para ajudar o filho e que não teve a intenção de matar o jovem turista.
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