ÁREA DE RISCO

Após moradores pedirem ajuda em palafitas, prefeitura de Guarujá responde

Administração Municipal garante que as obras de 580 moradias do programa Vida Digna já estão em andamento “visando erradicar as palafitas na Baixada Santista”

Catarina Del Corso
Publicado em 25/05/2022, às 20h59 - Atualizado às 21h10

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Moradores pediram providências depois que as casas ficaram inundadas Palafitas Palafitas no meio da água - Reprodução
Moradores pediram providências depois que as casas ficaram inundadas Palafitas Palafitas no meio da água - Reprodução

Após moradores de palafitas, áreas de risco em Guarujá, litoral de São Paulo, registrarem vídeos da situação de suas moradias alagadas e pedindo ajuda à Administração Municipal na última sexta-feira (20), a prefeitura enviou uma nota de resposta aos munícipes.

“A gente tá morando dentro da maré, por favor, a gente só pede um pouco mais de dignidade", ressalta uma senhora. Outros chegam a comentar que estão no local não por vontade de morar lá e sim por necessidade. “É vento tirando telha, é a maré enchendo", explicou a moradora por meio do vídeo.

Conforme informações do poder público, já estão em andamento as obras de 580 moradias do programa Vida Digna lançado pelo Governo do Estado de São Paulo do qual visa erradicar as palafitas da Baixada Santista.

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Em Guarujá, serão 340 unidades para famílias retiradas das imediações da rua Padre Donizete, no bairro Santa Rosa, além de 240 unidades para famílias da comunidade Prainha, situada em Vicente de Carvalho.

Novas unidades habitacionais

A prefeitura ressalta que as novas unidades serão erguidas em áreas municipais contíguas a dois conjuntos habitacionais já existentes. As 340 do bairro Santa Rosa ocuparão o projeto denominado ‘Guarujá O’, no Cantagalo, onde já existem prédios com 400 apartamentos habitados. A remoção das famílias que hoje vivem em área de preservação (mangue), possibilitará a recuperação ambiental, uma vez que o terreno ocupado se trata de Área de Proteção Ambiental (APA).

Já as 240 famílias da Prainha serão contempladas no projeto ‘Guarujá N’, ao lado do Conjunto Habitacional Parque da Montanha, onde já estão ocupados 517 apartamentos dos 574 previstos na primeira etapa do projeto. As 240 unidades serão construídas em três empreendimentos para atender a demanda de palafitas da Prainha, em área de expansão portuária.

O convênio oficializando a construção das unidades do ‘Vida Digna’ foi assinado em setembro do ano passado, entre a prefeitura e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

‘Vida Digna’

Ao todo, serão investidos pelo Estado de SP R$ 600 milhões na construção de 2,8 mil novas unidades habitacionais do Programa Vida Digna, na Baixada Santista. Além de Guarujá, foram contempladas pelo programa as cidades de Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão. Segundo a prefeitura de Guarujá, pelo menos 15 mil pessoas serão beneficiadas em toda a região.

As 580 unidades destinadas a Guarujá se juntam as 240 moradias que serão construídas no Cantagalo, com investimentos de R$ 27 milhões, destinadas exclusivamente às famílias vítimas dos deslizamentos decorrentes da tempestade que assolou o Município em março de 2020; e as 649 unidades do convênio com a Santos Port Authority (SPA), no valor de pouco mais de R$ 40 milhões, que vai remover famílias da Prainha, totalizando 1.649 unidades, do início de 2021 até agora.

As futuras unidades continuarão priorizando as famílias das comunidades Marezinha, Aldeia e Prainha, em Vicente de Carvalho, que há décadas moram em área irregular, de expansão portuária, que pertence à União e que não têm condições de habitabilidade e nem infraestrutura necessária para moradia.

“As obras estão a todo vapor na cidade. Nossa previsão é que até o final do ano estaremos com mais de 1.400 unidades em construção, simultaneamente, uma prova dos avanços da Administração Municipal no âmbito da habitação de interesse social”, destaca o secretário de Habitação do Município, Marcelo Mariano.

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