TONINHA RESGATADA

Animal marinho ameaçado de extinção é salvo da morte em Guarujá

Toninha estava presa à uma rede de pesca e foi encontrada boiando e sangrando; marinheiros e turistas resgataram e devolveram o animal ao mar

Da redação
Publicado em 07/03/2022, às 10h59 - Atualizado às 15h57

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Toninha foi devolvida ao mar e apesar de cansada, depois de um tempo ela conseguiu nadar Animal marinho ameaçado de extinção é salvo da morte em Guarujá Toninha sendo tirada do mar com a rede na boca - Reprodução
Toninha foi devolvida ao mar e apesar de cansada, depois de um tempo ela conseguiu nadar Animal marinho ameaçado de extinção é salvo da morte em Guarujá Toninha sendo tirada do mar com a rede na boca - Reprodução

Uma toninha, espécie de golfinho, foi salva por marinheiros e turistas em uma escuna durante a tarde do último sábado (5), em Guarujá, próximo à praia Santa Cruz dos Navegantes. O animal estava enrolado em uma rede de pesca, machucado e sangrando.

De acordo com o relato de um dos marinheiros, todos os dias eles encontravam a toninha nadando próximo à embarcação, porém, desta vez eles repararam que ela estava boiando e ao se aproximarem, notaram que ela estava com uma rede enrolada na boca.

"Conseguimos resgatá-la, tiramos a rede de pesca e devolvemos ao mar. Apesar de cansada, depois de um tempo ela conseguiu nadar. Ainda bem que conseguimos ajudá-la a se livrar da rede, senão teria morrido", disse o marinheiro Juliano Amaral.

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Toninha

A toninha pertence a uma linhagem muito antiga, surgida bem antes da maioria dos golfinhos. Ao contrário das outras espécies que pertencem a esta antiga linhagem, que ocorrem em rios, a toninha usa as águas costeiras marinhas. A toninha vive em nossos mares há cerca de um milhão de anos. Hoje está à beira da extinção e pode ser condenada pela mão do homem.

A toninha (Pontoporia blainvillei) é uma espécie de pequeno golfinho, descrita pela primeira vez em 1844 pelos naturalistas franceses Paul Gervais e Alcide d'Orbigny. A espécie ocorre apenas na América do Sul, entre o Espírito Santo, no Brasil, e o Golfo San Matias, na Argentina. Como todos os cetáceos, a toninha tem o corpo adaptado para viver no ambiente aquático. A nadadeira dorsal é pequena e triangular e a nadadeira peitoral tem formato de espátula. As fêmeas podem chegar a 1,6 m de comprimento e são um pouco maiores que os machos, que chegam a 1,4 m.

O peso varia de 33 kg para fêmeas e 27 kg para machos. A idade máxima conhecida da espécie é de 23 anos. As principais características morfológicas que permitem diferenciar as toninhas de outros golfinhos são o rostro (“bico”) acentuadamente longo e fino, com mais de 200 dentes e sua coloração, que pode variar entre tons de marrom, cinza e amarelo. Essa espécie tem comportamento discreto e não costumam saltar como a maioria dos golfinhos. Em geral, mostram apenas uma pequena parte da cabeça e da nadadeira dorsal quando sobem à superfície para respirar. Na maioria das vezes o rostro surge primeiro. As toninhas vivem em grupos pequenos, com 2 a 5 indivíduos. Mas é comum encontrar vários grupos ocupando a mesma área enquanto se alimentam.

Em geral, a toninha come presas pequenos, com cerca de 10 centímetros de comprimento. A dieta da espécie varia ao longo de sua distribuição e os dados indicam que a toninha se alimenta dos peixes mais abundantes de cada região. Na Baía Babitonga seus principais alimentos são pequenos peixes como o cangoá (Stellifer rastrifer), o canguanguá (Stellifer brasiliensis) e a sardinha (Pellona harroweri), além de lulas (Lolliguncula brevis).

*Informações Projeto Toninhas

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