Fundação da Vila tem espetáculos até domingo

Costa Norte
Publicado em 24/01/2014, às 19h52 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h13

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Duração do espetáculo é de uma hora e meia

Da redação

Anjos e demônios povoam as primeiras cenas da temporada 2014 do espetáculo da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente, que comemora os 482 anos do município, até domingo (26), sempre às 20h30, na Praia do Gonzaguinha, em São Vicente. Depois, surgem os indígenas que viviam na região, nos idos de 1532; a corte portuguesa de Dom João III; os militares enviados do rei para as terras brasileiras, há pouco descobertas, até a chegada daquele que seria o fundador da primeira Vila do país: o capitão Martim Afonso de Souza. As cenas iniciais fazem uma alegoria ao dramaturgo Gil Vicente e sua mais famosa obra (de 1517), o Auto da Barca do Inferno, onde o bem e o mal se degladiam, em meio aos longos períodos de reflexão daqueles que passavam meses a fio em alto mar, buscando o inesperado. Assim se desenvolve o musical escrito e dirigido pelo produtor cultural Amauri Alves, secretário da Cultura de São Vicente (que mais uma vez também entra em cena como ator). Em uma hora e meia de espetáculo, cerca de mil pessoas - entre atores convidados, inclusive do exterior; atores amadores, cantores, bailarinos e dançarinos, além de anônimos da comunidade vicentina - recontam a história da cidade com requinte de figurinos e uma envolvente trilha sonora assinada por Flávio Medeiros, produtor musical radicado em Los Angeles.

Guinness Book A Encenação é registrada no Guinness Book como o maior espetáculo teatral realizado em areia de praia no mundo; a arena tem capacidade para mais de cinco mil pessoas sentadas por dia. Ao todo, 500 toneladas de equipamentos (estrutura, som, luz) são utilizadas no evento. Ali, personagens como Martim Afonso de Souza (Oscar Magrini), Pero Lopes de Souza (Marcos Azevedo), João Ramalho (Henrique Alves e Amauri Alves), o Cacique Tibiriçá (Armando Babaioff), padre Gonçalo Monteiro (Tony Lamers), a índia Bartira (Thamires Ohana) e o anjo narrador (Hélio Cícero) remontam a história da formação do povo brasileiro. A realização é da prefeitura de São Vicente, com produção da Associação dos Artistas, apoio do governo do estado, patrocínio da Sabesp e apoio cultural da Caixa Econômica Federal.

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