Projeto de repovoamento de robalo pode vir por meio do Programa Petrobras Ambiental

Por Eliana Cirqueira

Com foco no repovoamento da espécie de peixe robalo, que pode estar escassa nos rios de Bertioga, a FMU (Faculdade Metropolitana Unidas), o Campb (Circulo do Menor Patrulheiro de Bertioga) e a Colônia de Pescadores da cidade, a Z-23, promoveram encontro na segunda (12), para apresentar o projeto que concorrerá ao patrocínio do programa ‘Petrobras Ambiental’. O evento ocorreu na Casa da Cultura, centro, e contou com a participação de representantes do Terceiro Setor, pescadores e setor público. O robalo tem várias espécies, que são encontradas principalmente em regiões litorâneas e é importante para a pesca artesanal e a esportiva. “A ideia é fazer um diagnóstico das espécies que se encontram no mangue e no Canal [de Bertioga] e ver a necessidade ou não de repovoamento. Caso exista, serão produzidos alevinos [filhotes de robalo], sendo que parte deles será para repovoar o ambiente marinho. Outra parte será utilizada num sistema de produção em tanque rede, que pode abastecer o mercado consumidor, sem predar tanto esse peixe no mar”, explicou Luciano Eduardo Polaquini, professor da FMU e um dos idealizadores do projeto.

Complexo Polaquini ainda destacou que o projeto é complexo e inclui programa para resgate social, cultural e ambiental. “Nós o denominamos ‘Bertiágua’. No sentido de olhar para essa questão da água e buscar maneiras de impactar menos. Será feito monitoramento da qualidade física, química e microbiana da água. Também será implantada junto à comunidade de pescadores uma indústria ou sala para m, informou.

Recursos O Campb é quem está solicitando o recurso financeiro do Programa Petrobras Ambiental, visando atrair para a cidade cursos profissionalizantes e opção a oportunidade do primeiro emprego para os jovens. A explicação é do presidente da entidade, José Martins Filho. “O Campb também está fazendo uma vinculação junto ao Governo do Estado para trazer a Retec [Rede de Ensino Médio Técnico] para Bertioga, com curso de capacitação na área ambiental. E dessa maneira a gente consegue completar esse quadro”, ressaltou Martins.

Colônia Z-23 Já o presidente da Colônia de Pescadores Z-23, João do Espírito Santo, afirmou que os professores da FMU estão há mais de um ano trabalhando junto com os pescadores nesse projeto de repovoamento. Ele contou que o repovoamento é importante porque “a espécie está escassa em Bertioga”. Além disso, o presidente da Z-23 contou que a possibilidade da instalação de uma fábrica de gelo para os pescadores da cidade é outro ponto forte do projeto. “A fábrica de gelo é um anseio dos pescadores de Bertioga. Eles se deslocam para outros municípios para trazer gelo de caminhão, de embarcação. O gelo é muito importante. Os pescadores saem para pescar e precisam ter o gelo. Se a gente conseguir essa fábrica, será uma vitória muito grande”, afirmou.

Outros recursos Ainda de acordo com o professor da FMU, o projeto será apresentado até o dia 19 de dezembro à Petrobras, caso não receba o patrocínio, eles irão buscar outros recursos. “A ideia do projeto não é excluir ninguém, é somar esforços. Temos prazo até o dia 18 para submeter pela internet e dia 19 pelo Correio. Se não der certo, a gente vai buscar outras formas de patrocínio, com certeza sai”, previu Polaquini.