Lombadas que provocam assaltos são motivo de reunião extraordinária do CGIM

Por obrigarem os motoristas a reduzirem a velocidade dos veículos, as lombadas instaladas na Marginal Sul da via Anchieta, em Cubatão, no acesso à rua Carlos Gomes, no Jardim Casqueiro, são consideradas pelos moradores responsáveis pelo grande número de assaltos ocorridos no local. Conforme estatísticas da SSP (Secretaria de Estado de Segurança Pública), houve ali, neste ano, 32 roubos. Das 39 ocorrências deste tipo registradas em agosto, 10 foram naquele trecho. O levantamento mostra que 30 a 40% dos assaltos verificados hoje em, Cubatão, acontecem ali. Por isso, a população está reivindicando a retirada dos obstáculos.

Acidentes Entretanto, segundo dados da Ecovias, empresa que administra o SAI (Sistema Anchieta/Imigrantes), antes da instalação das lombadas, ocorriam naquele entroncamento 60 acidentes (a maioria colisões frontais), com 06 mortes, em média, por ano, o que desaconselharia sua retirada. Buscar uma solução para tal impasse foi o principal objetivo da reunião extraordinária – a 1ª do órgão –, realizada quinta-feira (30), pelo CGIM (Comitê de Gestão Integrada Municipal) de Cubatão, formado por representantes da prefeitura e de todos os setores da comunidade direta ou indiretamente envolvidos com questões de segurança pública na cidade. O encontro contou com a participação de representantes da Ecovias, do DER, da Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de SP), órgão do governo estadual, e da Someca (Sociedade de Melhoramentos do Jardim Casqueiro).

Outros problemas A reunião serviu para debater, também, problemas de segurança em outros trechos dos acessos do Sistema Anchieta-Imigrantes aos núcleos populacionais da região do Jardim Casqueiro, sendo os principais deles a área conhecida como ‘Triângulo das Bermudas’, que envolve as interligações do viaduto 31 de Março, marginal da via Anchieta e rua Nossa Senhora da Lapa, e as entradas e saídas da passarela de pedestres que liga o Jardim Casqueiro à Vila dos Pescadores, sobre a via Anchieta. Nestes locais, conforme os relatos dos moradores, a ação dos assaltantes também é intensa. A preocupação com os ataques de marginais foi manifestada, também, pelos representantes da Ecovias, tendo sido citado o recente roubo de uma viatura dos serviços de manutenção da empresa com todas as ferramentas. Soluções de médio e longo prazos foram debatidas na reunião.

De imediato Entre as de adoção imediata está a colocação de telas sobre as divisórias das duas pistas da via Anchieta, aumentando sua altura, de maneira a impedir a passagem de pedestres sobre elas. Isso obrigaria os moradores a utilizarem exclusivamernte a passarela de pedestres (hoje muitos deles preferem pular a mureta para cruzar a estrada) e criaria, também, dificuldades para a locomoção dos assaltantes.

Para análise Entre as soluções de médio e longo prazos, foi apresentada a possibilidade de implantação de uma rotatória no entrocamento da marginal da Anchieta com a rua Carlos Gomes, o que possibilitaria a retirada das lombadas. Essa solução será, segundo os representantes da Ecovias, submetida a análise dos setores técnicos do órgão. O departamento de Segurança da cidade propôs, também, o prolongamento da passarela de pedestres por sobre a av. Tancredo Neves e os trilhos da Rede Ferroviária Federal, fazendo com que o acesso, para os moradores da Vila dos Pescadores, seja feito a partir do núcleo, o que evitaria atropelamentos na ferrovia e na rodovia.

Câmeras de vídeo Está prevista, segundo Genivaldo Linhares Brandão, diretor do Departamentro de Segurança, a instalação de câmeras de vídeo em vários pontos do sistema de acesso do SAI ao Jardim Casqueiro. Brandão informou que a adoção do sistema de videomonitoramento, que abrangerá outros pontos do município, está na dependência de liberação de verbas federais, reivindicadas ao FNSP (Fundo Nacional de Segurança Pública).