MORADOR DE CUBATÃO

Jovem com tetraparesia vence na Justiça após plano de saúde recusar fornecer home care

O plano de saúde tem o prazo de 10 dias para disponibilizar o tratamento médico em casa, sob pena de multa diária de R$ 1 mil

Matheus Alves
Publicado em 12/11/2022, às 09h30 - Atualizado às 10h48

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Caio sofreu um AVC em 2020, o que ocasionou em um quadro clínico de tetraparesia - Reprodução/Internet
Caio sofreu um AVC em 2020, o que ocasionou em um quadro clínico de tetraparesia - Reprodução/Internet

Caio Leonardo Ferreira da Silva, jovem de 28 anos e morador de Cubatão (SP), que possui tetraparesia, perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores, conseguiu fazer com que o seu plano de saúde forneça tratamento home care, prestação de serviços de saúde na casa do paciente. No entanto, a vitória só veio após a família de o servidor público entrar na justiça contra o seguro, que havia recusado atender as necessidades de Caio. A decisão veio por parte de uma juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santos.

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Ficou determinado que o plano de saúde, no prazo de 10 dias, terá que disponibilizar o home care para Caio, incluindo a dieta enteral, sob pena de multa diária de R$ 1 mil até o limite de R$ 25 mil.

O jovem sofreu um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC), que avançou para Síndrome de Encarceramento, uma rara condição, na qual os movimentos do corpo inteiro são paralisados, com exceção dos olhos. As faculdades mentais se mantêm perfeitas.

A irmã de Caio, Thalita Carolina Gomes da Silva, de 19 anos, explica que o jovem sofreu o AVC em setembro de 2020. Ele estava tratando de uma trombose localizada no braço, e foi isso que ocasionou a alteração súbita do fluxo sanguíneo cerebral. E desde então Caio precisa de auxílio constante de sua família para se locomover e fazer outras necessidades básicas.

“Logo quando ele recebeu alta do hospital [Caio ficou internado por 5 meses) sabíamos que ele precisava de atendimento 24 horas, mas o plano dizia que não cobria. Até então com a falta de informação não sabíamos que ele tinha direito”, explicou Thalita em entrevista exclusiva ao Portal Costa Norte. Ela continua: “Se passou um tempo e deixamos de lado essa questão por conta do cansaço de sempre recorrermos ao plano e nunca sermos atendidos corretamente”.

A irmã de Caio afirma que o plano de saúde não ajudava nem com a alimentação e nem com os remédios necessários para o tratamento: “Tudo saía do bolso da família”.

Thalita explica que foi após diversas negativas por parte do seguro contratado para tratar da saúde de Caio que a família do jovem decidiu entrar na justiça para conseguir o home care.

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