O Hospital Municipal de Cubatão “Dr. Luiz Camargo de Fonseca e Silva” fechou as portas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e do Centro Obstétrico. Segundo a prefeitura informou nesta sexta-feira (12), a medida foi adotada em virtude da suspeita de uma bactéria, que poderia gerar riscos de infecção hospitalar. O isolamento, no entanto, teria caráter preventivo. Já o Legislativo diz que o problema seria também de caráter financeiro. A informação do fechamento das alas já havia sido foi passada pelo diretor geral da unidade hospitalar, Leandro Batista Firme, em reunião com os vereadores de uma comissão especial para tratar do problema da saúde no município. Os parlamentares visitaram o hospital na tarde de quinta-feira (11). A comissão é formada pelos 11 vereadores e presidida pelo também presidente da Casa, Wagner Moura (PT). Durante a sessão ordinária de quarta (10), o vereador Aguinaldo Araújo (PDT) fez apelo aos colegas parlamentares. "Peço que todos nós visitemos o hospital em comissão para verificar as condições. Não dá mais para permanecer deste jeito. São vidas humanas com que estamos tratando", disse. Os vereadores afirmaram aos representantes do hospital que a comissão deliberou por ir ao local por ter recebido planilhas da prefeitura afirmando que os pagamentos à Pró-Saúde foram realizados. "Precisamos sair daqui com dados sobre a realidade", disse Wagner Moura. O diretor do hospital, segundo a Câmara, confirmou que o atendimento médico eletivo (agendado) foi suspenso há 15 dias, com a greve dos profissionais. Agora, só são atendidos casos de urgência e emergência. Neonatal O hospital decidiu pela suspensão dos atendimentos na UTI Neonatal e no Centro Obstétrico. Gestantes que cheguem ao hospital são encaminhadas ao Pronto Socorro Central e, de lá, para um hospital referenciado da região, como o Guilherme Álvaro, em Santos. De acordo com o diretor da Pró-Saúde, a prefeitura tem realizado pagamentos, mas não em valor suficiente e conforme o combinado em contrato. A dívida atual do Executivo com a Pró-Saúde, que gere o hospital, é de R$ 7,4 milhões.
Outro lado Por meio de nota, a prefeitura de Cubatão informou nesta sexta-feira (12) que não foi detectada qualquer contaminação até o momento entre os cinco pacientes que permanecem internados na UTI Neonatal do Hospital Municipal “Dr. Luiz de Camargo de Fonseca e Silva”. Os recém-nascidos estão sendo atendidos na própria unidade, mas sob um esquema de isolamento, necessário como parte de um protocolo de investigação em virtude da suspeita presença de uma bactéria, o que poderia gerar riscos de infecção hospitalar. A medida preventiva resultou na suspensão de admissão de novos pacientes. Após a conclusão desse procedimento, a UTI Neonatal voltará ao atendimento normal.
Procedimento A Central de Vagas do SUS foi informada e durante o procedimento de investigação os novos pacientes estão sendo encaminhados para outros hospitais de referência da região, como o Guilherme Álvaro e a Santa Casa de Santos, da mesma forma como quando a unidade está lotada. A prefeitura finaliza a nota afirmando que “todas essas medidas fazem parte das orientações técnicas preconizadas pelo SUS e não têm relação com questões financeiras ou jurídicas.”
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