Congestionamento nas rodovias volta à pauta

Costa Norte
Publicado em 21/02/2014, às 10h17 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h14

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Reunião emergencial em razão do caos registrado nas estradas da região

Retirada imediata de todos os veículos estacionados na avenida Plínio de Queiroz; solicitação para que esta via municipal seja estadualizada, devido às suas características; sentido único de direção no viaduto Rubens Paiva em horários de pico, solicitando-se que o mesmo seja feito na Via Bandeirantes; envio à prefeitura de relatório sobre notificações e multas aos terminais responsáveis pelos congestionamentos (por descumprirem o agendamento da chegada de caminhões ao porto). Esses foram os principais pontos definidos na reunião emergencial convocada pela prefeita de Cubatão, Marcia Rosa, em razão do caos registrado nas estradas da região desde a noite de segunda-feira, 17, com o intenso tráfego pesado no escoamento da safra agrícola. Participaram do encontro, no gabinete da prefeita, representantes das indústrias, do porto de Santos, da Associação Comercial, do Ciesp, da Polícia Rodoviária e de empresas transportadoras de carga, além de secretários municipais e outras autoridades. A reunião durou cerca de duas horas e meia e mobilizou mais de 50 pessoas.

Para o representante da Secretaria Especial de Portos (SEP), Luiz Cláudio Montenegro, a razão dos congestionamentos é o descumprimento, por alguns terminais, do agendamento de veículos, que deveria regularizar o fluxo de caminhões até o porto. Ele garantiu que essas empresas serão multadas: "Registramos um grande fluxo de veículos não programados nesses dois dias. Já fizemos notificações, mas como algumas empresas não entenderam, faremos com que sintam na forma de multas". Ele informou ainda que um pátio regulador de caminhões em Sumaré está sendo preparado para entrar em operação. O local, que pode receber 200 caminhões em situações emergenciais, pode comportar até 700 veículos.

A ação da Companhia Municipal de Trânsito (CMT) na avenida Plínio de Queiroz foi deflagrada momentos após a reunião, pois, atualmente, essa via é considerada um entrave mais grave ao trânsito do que a chamada "Rua do Adubo", de Guarujá. Pelas mesmas razões, a prefeita reiterou solicitações para que seja obtida o mais rapidamente a estadualização dessa estrada, situada na área do polo industrial.

Transtornos diários "Não vou aceitar que os moradores de Cubatão passem mais uma vez o que enfrentaram hoje. Médicos não chegaram aos postos de saúde; crianças não conseguiram frequentar as escolas; trabalhadores não tiveram como assumir seus postos no polo industrial. A cidade ficou travada, parada desde a noite de segunda-feira", disse a prefeita, ao abrir a discussão.

Marcia Rosa disse que praticamente 50 mil pessoas - que dependem diariamente do viaduto que liga a região do Jardim Casqueiro aos demais pontos da cidade - ficaram ilhadas. "Não dá mais para aceitar essa situação. Ela afirmou que os prejuízos são incalculáveis. "O polo industrial também não recebeu trabalhadores no horário programado. A produção foi afetada. O sistema de gerenciamento das cargas precisa funcionar e alguém está falhando. E esta é uma falha grave".

O presidente do Ciesp, Valdir Caobianco, indignado com o quadro caótico, lembrou que a situação atual já ocorreu no final de agosto do ano passado, quando foi registrado o prejuízo de R$ 1,5 milhão somente com o atraso de funcionários. "Na troca de turno de segunda para terça-feira, os funcionários deixaram seus postos com três, quatro horas de atraso. Isso provoca inúmeros transtornos. Além disso, tivemos uma funcionária assaltada na estrada".

Ele destacou ainda que, se ocorrer qualquer emergência, dificilmente será possível mobilizar as equipes de socorro com as estradas paradas. "Estudamos o ingresso de ações jurídicas em relação às perdas. A situação está insustentável". O presidente do Ciesp alertou ainda que a situação também implica no planejamento do polo: "Os congestionamentos acabam refreando novos investimentos".

Terminal é multado por não cumprir agendamento

A Secretaria de Portos (SEP/PR), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informaram que, na quarta-feira, 19, o terminal portuário T-Grão, localizado na região de Outeirinho, no porto de Santos, foi multado após identificação de 106 veículos aguardando entrada na porta do terminal sem o agendamento obrigatório. A empresa já havia sido notificada e recebeu o auto de infração. O valor total da multa, que varia de R$ 1 mil a R$ 2 mil por veículo, será definido pela Agência Reguladora. A Antaq definiu as penalidades e os valores das multas em caso de descumprimento das regras por meio da Resolução nº 3.274, publicada no dia 7 de fevereiro de 2014, no Diário Oficial da União. As regras de agendamento foram estabelecidas pela Codesp e publicadas na Resolução DP nº 136, de 30 de dezembro de 2013.

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