Pasta estadual de Segurança diz que ocorrência foi tentativa de homicídio contra agentes que revidaram e não foram feridos; Operação Escudo foi deflagrada na região
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou, na noite de ontem (2), um ataque a policiais militares em Caraguatatuba, no litoral norte de SP, e disse que a ação, ocorrida na madrugada do mesmo dia, foi uma tentativa de homicídio contra os agentes. O caso foi divulgado ontem pelo Portal Costa Norte.
Por meio de nota, a SSP informou que após o atentado a polícia deflagrou a Operação Escudo na região para localizar os autores dos disparos. “Diligências estão em andamento. O caso foi registrado como tentativa de homicídio na Delegacia de Caraguatatuba que investiga os fatos”, disse o órgão.
Dois policiais militares, de 39 e 40 anos, foram recebidos a tiros no residencial Nova Caraguá I a cerca de 12 km do centro de Caraguatatuba. Duas viaturas deslocaram-se para o residencial após notificação sobre disparos no local. Ao chegarem na rua 10, os agentes foram recebidos a bala; os disparos acertaram uma viatura. Os policiais militares revidaram e atiraram em direção aos criminosos que fugiram para uma área de mata próxima.
Na terça-feira (1º), dois policiais militares foram baleados e uma tropa foi alvo de disparos de fuzil na em diferentes pontos de Santos. Uma cabo da PM foi atingida por dois disparos nas costas e um soldado do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) foi baleado na virilha. Ambos foram levados para a Santa Casa de Santos. Não há informações sobre feridos ou suspeitos presos no terceiro tiroteio.
Os atentados acontecem na esteira da Operação Escudo, deflagrada na vizinha Guarujá horas após o assassinato do policial Patrick Bastos Reis, soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), na quinta-feira (27).
O número de pessoas mortas em confronto com as forças policiais chegou a 16 em Guarujá e em Santos desde o começo da Operação Escudo na noite de quinta-feira (27). Antes restrita a Guarujá, a operação que mobiliza quase 600 agentes foi estendida a Santos após os ataques contra policiais na cidade.
Na segunda-feira, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou denúncias de tortura e excessos nas ações que levaram às oito mortes contabilizadas até então em Guarujá. Um dos mortos teria marcas de queimadura de cigarro; há avisos em redes sociais de que policiais matariam um total de 60 pessoas na região.
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