Caraguá intensifica limpeza das praias após aparição de peixes mortos

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Publicado em 23/11/2017, às 14h08 - Atualizado em 23/08/2020, às 16h15

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Os bagres são descarte de arrastos feitos por pescadores no mar, levados   pela maré até as praias de Caraguá

Grande quantidade de peixes bagres foi encontrada morta nas areias das praias de Caraguá, nas últimas semanas. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, que vistoriou os locais e acionou a Polícia Ambiental, os bagres resultam de descarte de arrastos feitos por pescadores do mar, e levados pela maré até  praias da cidade. Por isso, a prefeitura intensificou a limpeza das praias, e retirou mais de 20 toneladas de resíduos em menos de uma semana.

O mutirão de limpeza incluiu o trecho do Camaroeiro até a praia das Flecheiras, em caráter de emergência, pois foram os locais com maior incidência de peixes mortos, mas a ação se estendeu às praias Martim de Sá e Mococa, região norte da cidade.

A Secretaria de Serviços Públicos de Caraguatatuba informou que, a partir desse mês, a limpeza na orla das praias será intensificada, feita manualmente e com apoio de tratores, para evitar acidentes na temporada de verão. Segundo a médica Ana Escobar, em dicas publicadas na internet, o bagre é um peixe venenoso que possui três espinhos (ferrões), dois nas nadadeiras laterais e, um, na parte superior do dorso. Estes ferrões são perigosos por ser serrilhados. Se forem tirados sem cuidados, soltam um veneno que provoca uma dor insuportável e pode levar à necrose da pele. O ferrão pode também ser uma fonte de infecções, principalmente, se o bagre já estiver morto.

Em caso de acidente, não se deve tentar tirar o ferrão, já que isso deve ser feito em um hospital, com anestesia local e por profissional habilitado. Se tiver uma tesoura forte ou um alicate apropriado à mão, pode-se tentar, com cuidado, cortar o ferrão para separá-lo do bagre, mas sem puxar o ferrão da pele lesada. O veneno não resiste à temperatura elevada. Para atenuar a dor, deve-se colocar o local afetado, se possível, de molho em água morna ou fazer compressa. O indicado é ir ao hospital, seguir as orientações do médico para evitar infecções posteriores. E, por fim, verificar se a vacina antitetânica está em dia.

Cláudia Ottini

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