MUNDO ANIMAL

Sem vida, tartaruga-cabeçuda e toninha encalham em praias de Bertioga (SP)

A tartaruga foi encontrada na praia da Riviera de São Lourenço e a toninha na praia da Enseada, ambas mortas na faixa de areia

Lenildo Silva
Publicado em 14/10/2022, às 12h32 - Atualizado às 13h58

FacebookTwitterWhatsApp
Toninha (Pontoporia blainvillei), foi encontrada morta por pescadores na faixa de areia da praia da Enseada Toninha Morta - Foto: Portal Costa Norte
Toninha (Pontoporia blainvillei), foi encontrada morta por pescadores na faixa de areia da praia da Enseada Toninha Morta - Foto: Portal Costa Norte

Na última quarta-feira (12), banhistas acionaram o Instituto Gremar após encontrarem uma tartaruga, já morta, na praia da Riviera em Bertioga, no litoral de São Paulo. Já na tarde de ontem (13), uma toninha, também sem vida, foi localizada na praia da Enseada, no trecho do bairro Rio da Praia.

Fique bem informado, faça parte do nosso grupo no WhatsApp  ➥  https://bit.ly/matériasexclusivasemtemporeal 📲

No resgate do feriado, a equipe do Instituto constatou que se tratava de um indivíduo da espécie Caretta caretta, adulto, popularmente conhecido como tartaruga-cabeçuda.

O animal foi encaminhado ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do Instituto Gremar, localizado no Guarujá, para a avaliação da carcaça por exame necroscópico.

A carcaça, de aproximadamente 90 kg, apresentou espuma dentro da traquéia e pulmões como lesões principais, inviabilizando o movimento respiratório de forma correta. Também havia alterações no fígado.

As tartarugas, apesar de dependentes do ambiente marinho, possuem pulmões e as trocas gasosas (respiração) são feitas na superfície, elas não retiram o oxigênio da água como os peixes. Sendo assim, o afogamento destes animais é relativamente comum e pode ocorrer em razão de diversas situações, como interação com petrechos de pesca, ingestão de lixo ou debilidade proveniente de alguma doença.

Toninha

A toninha (Pontoporia blainvillei), que é uma espécie de pequeno golfinho, foi encontrada morta e com marcas de sangue por pescadores na faixa de areia da praia da Enseada, também em Bertioga, na tarde de ontem.

O Instituto Gremar, responsável pelo monitoramento de praias da região, foi acionado para o resgate e especialistas devem realizar exame necroscópico para constatar a causa da morte do animal.

O que fazer ao avistar um animal marinho na praia?

Nesta época do ano, entre a primavera e o verão, é muito comum aparecerem animais marinhos encalhados nas beiras das praias do litoral paulista. Devido à migração para as águas mais quentes, alguns animais acabam não resistindo às longas viagens.

Há também a morte por mão humana, que é uma das principais causas de morte de golfinhos, tartarugas e baleias no litoral. Devido a redes de pesca, lixo e contaminação dos mares, alguns animais não resistem às catástrofes causadas pelo homem e terminam na faixa de areia já sem vida.

Veja as principais orientações que as pessoas devem seguir ao avistar um animal marinho encalhado na praia:

1- Não mexer ou tentar recolher o animal: além de poder ser responsabilizada criminalmente (Lei 9.605/98), a pessoa corre o risco de se infectar (com o animal vivo ou morto) ou transmitir doenças para o animal (se ele estiver vivo). Só deve fazer esse recolhimento o pessoal devidamente treinado e autorizado;

2- Não se aproximar: além do risco de contaminação, a pessoa pode ser mordida ou bicada, pois são animais selvagens, embora pareçam inofensivos;

3- Respeitar o espaço deles: deve-se deixar os animais repousando no local onde estão, pois é normal eles ficarem assim; em alguns casos os animais ficam até cinco dias descansando nas areias;

4- Não dar alimento: não se deve dar qualquer tipo de alimento ao animal, pois, caso ele esteja doente, somente a equipe capacitada poderá intervir na alimentação deles. 

➥ 𝗦𝗶𝗴𝗮 𝗼 𝗖𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗡𝗼𝗿𝘁𝗲 𝗲𝗺 𝘁𝗼𝗱𝗮𝘀 𝗮𝘀 𝗽𝗹𝗮𝘁𝗮𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮𝘀: https://linktr.ee/costanorteoficial

O que fazer? Ao avistar um animal marinho na faixa de areia, morto ou não, deve-se entrar em contato imediatamente com as autoridades especializadas no assunto:

Polícia Ambiental: (12) 3842-0123 no Litoral Norte ou (13) 3348-4774 e (13) 3853-5750 na Baixada Santista e Vale do Ribeira;

Instituto Gremar: (13) 3395-7000

Instituto Biopesca: (13) 3356-6141

Projeto Tamar: (12) 3832-6202 ou (12) 3832-7014

Instituto Argonauta: (12) 3833 4863 ou (12) 3832 7491

Os profissionais habilitados irão até o local verificar se o animal está machucado, se possui manchas de óleo ou se está fraco e não responde a estímulos. Só a partir desta verificação é que providências serão tomadas.

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!