Morador em situação de rua que deixou o recém-nascido na recepção do Hospital de Bertioga mentiu ao dizer que achou o bebê na lixeira, disse a Polícia Civil
Na madrugada de segunda-feira (3), um morador em situação de rua deixou um bebê recém-nascido na recepção do Hospital Municipal de Bertioga, litoral de São Paulo, e alegou aos funcionários do hospital que havia resgatado a criança do lixo.
No entanto, a situação passou por uma reviravolta quando as autoridades descobriram que o morador em situação de rua foi, na verdade, quem fez o parto do bebê.
Segundo apurado ontem (5) pela reportagem do Portal Costa Norte coma Polícia Civil, o homem de 37 anos que não teve o nome revelado fez o parto da criança, cuja mãe também é moradora em situação de rua, e a pedido da mulher deixou a criança na recepção do hospital.
Em investigação policial, agentes da Polícia Civil de Bertioga conseguiram localizar o morador de rua que confessou ter mentido ao dizer que achou a criança na lixeira. O pai da criança é desconhecido.
Já a mulher que deu à luz tem 38 anos e foi reconhecida fotograficamente por testemunhas. Os investigadores fazem buscas pela cidade para tentar localizar a mulher, todavia até o momento ela não foi encontrada.
Segundo a Polícia Civil, a conduta da mulher se enquadra no crime de abandono de recém-nascido, previsto no artigo 134 do Código Penal. Já o homem que deixou a criança no Hospital pode responder por comunicação falsa de crime e falso testemunho.
O hospital Municipal de Bertioga acionou o Conselho Tutelar de Bertioga na manhã de segunda para informar que um recém-nascido ainda preso à placenta e ao cordão umbilical fora entregue na recepção do hospital por um morador em situação de rua que alegou tê-lo achado na lixeira da Praça Vicente Molinari no centro da cidade.
Segundo o hospital, a criança foi encaminhada ao centro cirúrgico e passou por avaliação do médico Bruno Chehade Pereira que constatou que a criança estava bem e havia nascido cerca de 2 horas antes. O bebê do sexo masculino está saudável e pesa aproximadamente 1,8 kg.
Segundo informou a prefeitura da cidade ao Portal Costa Norte, o Conselho Tutelar e demais órgãos municipais estão acompanhando o caso.
"A Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda informa que a equipe técnica do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Ministério Público (MP) já foram acionados", diz a nota da prefeitura.
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