Conheça Tarsila, a gatinha “servidora pública” de Bertioga

Bertioga possui uma “servidora pública” que esbanja fofura e está enveredando nos caminhos da influência digital. É Tarsila, uma gatinha de pelagem negra que foi adotada e está “lotada” na Diretoria de Cultura de Bertioga.

A influencer felina possui perfil no Instagram e é a sensação da Casa da Cultura de Bertioga. Ela adora música clássica e, como boa gatinha, não dispensa um carinho. Ah, e ela já ganhou até adesivo por bom comportamento. Uma servidora exemplar!

Tarsila também tem uma história de vida incrível. Segundo a prefeitura bertioguense, a gatinha foi adotada em fevereiro de 2017. Na época, a Diretoria de Cultura realizou um feirão de artesanatos e economia criativa na Tenda de Eventos, e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) pediu um espaço para realizar uma feira de adoção. De acordo com a Diretora de Cultura, Camila Quelhas, foi neste evento que ela conheceu a Tarsila, que já era adulta e estava na gaiola “distribuindo carinhos para todos os visitantes, esperando por um lar”.

"A feira durou três dias e eu tinha certeza que ela seria adotada por ser extremamente dócil com todos. No último dia ela ainda estava lá, e foi aí que eu e mais alguns funcionários resolvemos adotá-la. Para adotá-la tinha um pedido das tias do CCZ, que adotássemos também a irmã menor. A irmã não era tão simpática e só chorava, mas topamos. Pegamos as duas e colocamos o nome de Tarsila e Monalisa, por elas estarem indo morar em uma casa de cultura", lembrou Camila.

Gatos e mais gatos

Ainda segundo a prefeitura, foi realizado todo o processo de adaptação das gatas e rapidamente elas começaram as atividades pelo departamento. Cerca de 15 dias depois, apareceu na sala de aula do curso de violão um lindo gato preto, aparentemente idoso. 

"Um funcionário do setor veio me falar que achava que a gata que havíamos adotado estava meio estranha. Quando fui ver, não era nenhuma das duas adotadas, era outro gato que havia aparecido e por lá ficou. Percebemos que ele já era um gato idoso e resolvemos dar uma velhice saudável para ele. Colocamos o nome de Estranho, pois ele é assim, ele tenta conversar e entende cada palavra que é dita. O Estranho iniciou suas atividades na Casa da Cultura e depois foi transferido para o Forte São João, onde 'trabalha' como segurança, causando admiração dos visitantes com sua beleza imponente", acrescentou a diretora de Cultura.

Em 2021, mais um gato apareceu no estacionamento da Casa da Cultura, também preto, com bochechas grandes e um corpo fino. Segundo informou a administração municipal, ele estava machucado, com o rabo quebrado, um olhar sofrido e extremamente medroso.

Como ele ficou por lá, os funcionários da Casa da Cultura começaram a alimentá-lo. De acordo com Camila, o animal tinha medo de todos, sendo assim, eles deixavam a comida e a água, respeitando o tempo do gato para interagir com ele.

"Com o passar dos meses foi providenciada a castração dele, com ajuda de funcionários parceiros. A recuperação dele foi ao lado da Tarsila, que ele já tinha feito certa amizade. A partir daí, ele ficou. Hoje ele tem uma vida confortável, com muito amor e gosta de ficar perto dos humanos. Com a chegada do Bochecha fechamos o time".

Cada um com sua função

Tarsila é a líder da turminha felina e atende a todos que chegam na Casa da Cultura. Ela participa das aulas de artes, mas segundo informações, sua favorita é a de  ballet. Ela também já participou de apresentações teatrais e musicais. Já sua irmã inseparável Monalisa prefere explorar as partes altas da Casa da Cultura e dormir nos colos em dias mais frios. Bochecha adotou algumas mesas e curte mais o serviço administrativo. E o Estranho segue como segurança do Forte São João.

"Nos finais de semana não é raro passar pela Casa da Cultura e encontrar essas belezinhas pelo muro da Casa, com pessoas tirando muitas fotos. Atualmente no time de funcionários da secretaria até quem não curtia gatos já passou a gostar e se preocupar com o bem-estar da turma. Hoje em dia recebemos visitantes de várias cidades que passam pela Casa ou pelo Forte apenas para visitá-los e registrar uma foto", confidenciou Camila.

A diretora de Cultura ressaltou que todos os gatos são extremamente bem cuidados e que, mesmo após o expediente, eles têm acesso à Casa, onde ficam as caixas de areia, comida, água, cobertores e câmeras de monitoramento.

A Casa da Cultura de Bertioga fica na avenida Tomé de Souza nº 130 - Centro. 

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