Répteis já foram considerados 'lendas urbanas' no local, mas registro amador ajuda a contar a verdade e a origem do nome do rio
Da Redação
Publicado em 15/02/2021, às 20h40 - Atualizado em 10/05/2022, às 08h58
Quem já visitou o Rio Jaguareguava, na região sul, de Bertioga (SP) certamente já se deparou com a expressão 'Jacareguava!', acompanhada da explicação de que o rio tem esse nome pela presença abundante de jacarés. A verdade é que a expressão não passa de um telefone sem fio e o nome do rio, em tupi, faz alusão a outro animal não menos selvagem, a onça: lugar onde a onça bebe água.
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Apesar da confusão neurolinguística gerada pelos idiomas português e tupi e suas respectivas interpretações a verdade é que o rio abriga jacarés sim, e quem nos ajuda a contar essa história é o professor de surf e morador do bairro Caiubura, vizinho dos jacarés, Lucas Prieto. Ele registrou a aparição de um dos grandes essa semana e conta que eles não estão sozinhos.
"Na verdade são quatro que moram por lá, dois adultos e dois filhotes. Eles se alimentam no próprio rio, lá tem muitos peixes e eles ficam bem à vontade", explicou. Os animais são avistados constantemente por moradores e frequentadores sobretudo em dias de poucas movimentação de pessoas, mas o recomendável é nunca alimentá-los.
Os jacarés são animais de habitos noturnos, mas durante o dia eles gostam de andar em bando para pegar um sol, habito de répteis - animais de sangue frio. A dieta deles se baseia no consumo de peixes aves e mamiferos. A carne humana, em geral não agrada o paladar deles, mas é bom não abusar. Como praticamente todos os animais, o ataque se torna a defesa deles ao sentirem-se acoados.
Os felinos, a mata e o risco de extinção
A onças são consideradas os maiores felinos brasileiros, e a pintada é uma das espécies ameaçadas de exinção. 300 delas sobrevivem nos 31 mil hectares de Mata Atlântica, mas não necessariamente em Bertioga, os últimos registros foram na região do Vale do Ribeira, há mais de 100km.
As onças avistadas em Bertioga são as jaguatiricas, mas acredite: o nome do rio não tem nada a ver com elas.
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