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Aluna de teatro de Bertioga vence renomado Festival de Cenas

Renata Sousa emociona jurados no Teatro Brás Cubas com uma poesia escrita por ela mesma

Da redação
Publicado em 11/07/2023, às 15h26 - Atualizado em 18/07/2023, às 12h08

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Para a diretora de Cultura de Bertioga, Camila Quelhas, ver os alunos se aprimorando e vencendo festivais renomados é emocionante  Renata Sousa com o prêmio. - Divulgação
Para a diretora de Cultura de Bertioga, Camila Quelhas, ver os alunos se aprimorando e vencendo festivais renomados é emocionante Renata Sousa com o prêmio. - Divulgação

A poesia da jovem Renata Souza, de 17 anos, moradora de Bertioga, conquistou a segunda colocação no 19º Concurso Estudantil de Poesia, que faz parte da programação do Festival de Cenas FESCETE. O evento de premiação reuniu artistas e estudantes da região no Teatro Brás Cubas em Santos, dia 30 passado

Renata é estudante de teatro há três anos no curso oferecido pela prefeitura no bairro Chácaras e decidiu participar do concurso com uma poesia forte, que aborda um tema considerado tabu, mas que atinge muitas famílias, o abuso sexual.

Ela fala da emoção em ser escolhida. “Eu fiquei muito feliz desde o dia em que os organizadores me ligaram para avisar que eu tinha passado no concurso. E o dia do evento para anunciar os vencedores foi ainda mais emocionante, pois eu não imaginava que também iria ganhar um troféu”.

A diretora de Cultura de Bertioga, Camila Quelhas, expressou sua emoção ao testemunhar o crescimento e o sucesso dos alunos em festivais renomados. “Essas conquistas comprovam que todo o trabalho desenvolvido pela prefeitura na área da cultura é com dedicação e excelência. Nossos alunos ajudam a elevar o nome da cidade e são orgulho para o município”, declarou.

Confira a poesia escrita pela aluna Renata Sousa:

“Você rasgou a minha inocência

E me fez sentir uma imensa dor.

Eu chorava todos os dias

E o medo de você só me consumia.

Eu queria desistir da minha vida

Porém, o anjo da guarda dizia:

“vai ficar tudo bem, estou aqui com você”.

Já os demônios diziam:

“vai lá sua inútil, tira sua vida”.

E eu lutava contra, para sobreviver

Todos os dias.

Para você era prazer me tocar, me apertar e me assediar,

Para mim não era mais do que me torturar.

Te pedia compaixão e olhando para sua cara,

Via você só rindo da minha situação.

Mais uma vez me taxaram como culpada

E a todo o momento me perguntavam

“naquele momento que roupa você usava?”

Eu era apenas mais uma criança,

Com a inocência roubada, cheia de traumas

E sua preocupação realmente era saber que roupa eu estava usando?

E no final aquele ciclo se repetia,

Eu era a culpada, e você a vítima.”

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