Modernização do sistema de travessias promete reduzir a emissão de poluentes e melhorias na eficiência do transporte de passageiros
O projeto de concessão das travessias litorâneas do governo de São Paulo prevê que as balsas movidas por propulsão a diesel sejam substituídas por 44 novas embarcações e quatro novos conjuntos de balsas-empurradores, com conversão para propulsão elétrica, nos locais onde a operação e infraestrutura permitam. O governo paulista acredita que a substituição se refletirá em mais eficiência na mobilidade e redução de emissões de carbono na atmosfera.
O presidente da Companhia Paulista de Parcerias (CPP), Edgard Benozatti, explicou que as 48 novas embarcações entram em operação até o sexto ano do contrato de parceria público-privada (PPP), com previsão de que os serviços sejam assumidos pela iniciativa privada a partir de 2026. “No primeiro ano de concessão, já vamos observar uma melhoria de qualidade. Teremos o parceiro privado investindo na operação, à medida que vai comprando e trocando essas embarcações. Teremos um salto no paradigma de qualidade com a substituição por motorização elétrica, estamos falando de potencial redução de 18 mil toneladas de gás carbônico por ano, se considerarmos apenas as travessias litorâneas”.
A concessão do sistema de travessias hídricas, qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP), inclui 14 travessias em cinco regiões de operação no estado de São Paulo. São elas:
O governo de São Paulo crê que a ampliação e modernização do sistema de travessias trarão ainda mais benefícios, além da sustentabilidade ambiental. Serão alcançadas melhorias na eficiência dos serviços de transporte público, como conforto, redução de filas de espera, consistência nos horários de partida e aumento da segurança para o usuário.
“Todas as travessias terão novas embarcações e serão julgadas pelos mesmos parâmetros de qualidade. Vamos exigir que o concessionário, através do sistema de indicadores, ofereça o mesmo nível de qualidade para as cinco regiões de operação”, reforçou Benozatti.
Ainda de acordo com o governo de São Paulo, a padronização da frota será estruturada com base na demanda e infraestrutura terrestre das embarcações: travessias de maior demanda terão embarcações grandes, capazes de suportar tal volume, e travessias de menor demanda terão embarcações menores, com maior frequência, permitindo mais viagens.
Atualmente, o sistema atende 11 milhões de passageiros e 10 milhões de veículos, anualmente. O projeto prevê o investimento de mais de R$ 1 bilhão em novos terminais de passageiros, aquisição de novas embarcações, novos flutuantes e ampliação de flutuantes existentes.
As audiências públicas para a concessão do sistema ocorreram em 9 de dezembro, em Santos; 11 de dezembro, em São Sebastião; e 12 de dezembro, de forma virtual. A publicação do edital está prevista para o primeiro semestre de 2025, e o leilão e assinatura de contrato, no segundo semestre de 2025. Será um contrato único que engloba todas as travessias do estado. A modalidade contratual de concessão patrocinada (PPP) terá duração de 20 anos.
Com informações de Governo de São Paulo