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Usuários da travessia Guarujá-Bertioga reclamam das constantes paralisações

Serviço opera com apenas uma embarcação, das três disponíveis, e sofre interrupções por questões climáticas e marés

Redação
Publicado em 14/03/2024, às 16h32

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Flutuantes são conduzidos por rebocadores desde 2021 - Reprodução
Flutuantes são conduzidos por rebocadores desde 2021 - Reprodução

Transportando uma média mensal de 945 automóveis, 175 motos, 125 ciclistas e 1.632 pedestres, a travessia Guarujá-Bertioga enfrenta dificuldades com paralisações noturnas recorrentes; segundo usuários, os casos acontecem, geralmente, após às 18h30, e só retornam próximo às 22h. No último domingo (10), as operações pararam às 20h30, e na segunda-feira (11), houve atraso pela manhã, com saída às 7h05 em vez de 6h40, com nova interrupção à noite.

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) atribui as paralisações à maré baixa no canal e aos ventos. Além da demora, os usuários criticam o uso de rebocadores que conduzem os flutuantes de uma cidade a outra, em vez da balsa tradicional com motores, fora de operação desde 2021, por questões de manutenção.

A professora Eliane Cardoso conta que é moradora do Guarujá, utiliza as balsas diariamente para trabalhar em Bertioga e, constantemente, sofre com o serviço prestado na travessia de balsas.  “É de praxe o funcionamento de apenas uma balsa em pleno horário comercial, trazendo transtorno e revolta aos que infelizmente necessitam dessa travessia. Não adianta reclamar com o encarregado, não adianta reclamar com a ouvidoria ou em qualquer outro canal de comunicação, a conivência com a má prestação de serviços da travessia Bertioga x Guarujá, é absurda”, desabafa.

Já a universitária Karen Alves, de 20 anos, mora na Prainha Branca e criticou a falta de respeito com os moradores, por causa dos constantes problemas na balsa. Ela reclama das desculpas da equipe e relata que, recentemente, esperou mais de uma hora para atravessar de Bertioga para o Guarujá. Ao questionar o encarregado, ele teria afirmado à universitária que os passageiros não tinham direito de reclamar, por não pagarem pela balsa, e justificou os atrasos pelo horário dos ônibus no Guarujá. Karen considera isso uma falta de respeito com os usuários.

O que diz a Semil

A Semil responde que opera com intervalos aproximados, entre viagens, sem horários fixos, e que as condições adversas como maré, ventos e visibilidade podem causar interrupções temporárias, em vista da segurança dos passageiros e da tripulação. Sobre as paralisações citadas na reportagem, a pasta informou o seguinte:

“A travessia precisou ser paralisada no dia (7), às 20h30, por questões de segurança, em razão da força de maré e vento, voltando a operar às 23h30. Já na noite de domingo (10), a travessia foi paralisada por volta das 20h40, em razão do baixo nível da maré, com marcação de nível zero na régua de medição, retornando por volta das 23h”. 

Atualmente, das três embarcações disponíveis, apenas uma está em operação, enquanto as outras passam por manutenções corretivas. A Semil afirma que todas são certificadas pela Autoridade Marítima e consideradas aptas ao serviço. Questionada sobre o serviço utilizado por meio de reboque e por quanto tempo essa opção durará, a Semil não se pronunciou. 

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