IMÓVEL NA PRAIA

Mercado imobiliário da Baixada Santista cresce em vendas e locações

Pesquisa do Creci SP revela alta nos negócios de imóveis usados e impacto positivo na economia; empreendimentos em lançamento são destaque na região

Redação
Publicado em 29/08/2023, às 15h05

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Além da alta em vendas e locações de imóveis usados, empreendimentos em lançamento são destaque na Baixada Santista - Foto: Yuri Wiazowski
Além da alta em vendas e locações de imóveis usados, empreendimentos em lançamento são destaque na Baixada Santista - Foto: Yuri Wiazowski

O mercado imobiliário na Baixada Santista apresentou um crescimento expressivo no segundo trimestre de 2023, com aumento significativo tanto nas vendas quanto nas locações de imóveis usados e novos.

A pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP) comparou os mercados de venda e locação de casas e apartamentos em julho com os resultados obtidos em junho na Baixada Santista, revelando um cenário otimista para o setor e indicando um impacto positivo na economia.

De acordo com José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP, esse crescimento reflete um momento de retomada de investimentos na região. "Estão previstos oito novos empreendimentos imobiliários em cinco cidades da Baixada. E esse desenvolvimento já vem se refletindo nos bons números do mercado de imóveis usados, fazendo girar a roda da economia da região", destacou.

Os resultados da pesquisa também mostram que houve um aumento de 41,50% nas vendas e um surpreendente crescimento de 105,08% no volume de contratos de locação assinados em julho, em comparação com o mês anterior. Ao todo, foram consultadas 51 imobiliárias nas cidades de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

Segmentação das vendas e locações

Orla da praia
Pesquisa comparou os mercados de venda e locação de casas e apartamentos em julho com os resultados obtidos em junho - Reprodução

No segmento de vendas, as casas representaram 15,2% das transações, enquanto os apartamentos foram responsáveis por 84,8% das vendas no mês de julho. A faixa de preço mais procurada para casas ficou em até R$ 400 mil, com destaque para imóveis de 2 dormitórios e área útil variando de 50 a 100 m². Já para apartamentos, a preferência dos compradores concentrou-se em valores até R$ 350 mil, com características semelhantes de 2 dormitórios e área útil entre 51 e 100 m².

No que diz respeito às locações, as casas alugadas de 2 dormitórios e área útil de 51 a 100 m² lideraram a preferência dos inquilinos. Em relação aos apartamentos, a maioria optou por imóveis com até 2 dormitórios e área útil entre 51 e 100 m². As faixas de valor de aluguel mais buscadas tanto para casas quanto para apartamentos se concentraram em até R$ 2.000,00.

Modalidades de pagamento e garantias

Os compradores optaram por diferentes formas de pagamento, com o financiamento pela Caixa liderando a escolha com 30,7%, seguido por negociações à vista (27,7%), parcelamento feito por proprietários (20,8%), financiamento por bancos privados (18,8%) e consórcios (2,0%). Já as locações foram garantidas principalmente pelo depósito caução (68,1%), seguido por seguro fiança (19,1%), fiador (6,4%) e título de capitalização (2,1%).

Distribuição Geográfica

Ainda de acordo com o estudo, as vendas e locações de imóveis seguiram uma distribuição geográfica diversificada, ou seja, as propriedades vendidas em julho estavam distribuídas entre áreas periféricas (44,7%), áreas centrais (29,2%) e áreas nobres (26,1%). Quanto às locações, 43,1% dos inquilinos optaram por imóveis nas demais regiões, enquanto 39,2% escolheram áreas nobres e 17,6% áreas centrais.

Evolução e perspectivas

O estudo também trouxe uma análise da evolução das vendas e locações nos últimos meses. A partir dos dados coletados, foi possível observar uma tendência positiva de crescimento, com um aumento acumulado de 163,30% nas vendas e 240,60% nas locações desde janeiro de 2023. Embora a oscilação de meses anteriores tenha sido notável, a tendência geral é de uma retomada constante do mercado imobiliário na Baixada Santista.

Novos empreendimentos

Ao menos oito empreendimentos estão em lançamento nas cidades de Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande, totalizando 859 unidades. Esse número se assemelha ao registrado no mesmo período de 2020, quando foram lançados nove projetos com um total de 1.056 unidades.

A construção civil, além de ser uma importante geradora de empregos, desempenha um papel crucial no desenvolvimento dos municípios da região, contribuindo substancialmente para a arrecadação de tributos municipais.

Com base nos números positivos e nas previsões de novos empreendimentos, o Cresci vê com bons olhos o cenário para o mercado imobiliário na região permanecer promissor, influenciando não apenas o setor, mas também a economia como um todo na região.

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