Pescadores devolveram a arraia logo após a captura; pesca do tipo é legal, mas deve seguir as normas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama)
Da redação
Publicado em 16/10/2021, às 12h35 - Atualizado às 15h19
Uma arraia, de espécie não identificada, foi capturada por pescadores, na manhã deste sábado (16), em Bertioga, no litoral de São Paulo. O animal estava emaranhado em uma rede do tipo arrasto e as imagens cedidas ao Portal Costa Norte mostram o exato momento em que pescadores devolvem o animal para o mar.
Várias pessoas ficaram surpreendidas e se aglomeraram entorno do animal na rede de pesca. A pescaria ocorreu por volta das 7 horas da manhã na Praia do Maitinga.
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A reportagem procurou o Instituto Gremar, responsável pelo resgate e reabilitação da fauna marinha entre as cidades de Bertioga, Guarujá e Santos, no litoral de São Paulo. O biólogo Daniel informou que o instituto não foi acionado para a ocorrência e que, por meio das imagens, não é possível identificar a espécie.
A Polícia Militar Ambiental salienta que a pesca deve ser realizada por pesqueiros devidamente habilitados para a prática e não devem ser capturados animais em extinção.
Biologicamente, as arraias podem ser classificadas como espécies cartilaginosas, aquáticas, membros da subordem Batoidea, com corpo delgado e com as aberturas das brânquias curiosamente posicionadas abaixo da cabeça. Elas pertencem à subclasse Elasmobranchii, onde também estão os tubarões, enguias, quimeras, cações, entre outras espécies semelhantes.
O veneno das arraias é composto por enzimas e pelo conhecido neurotransmissor “serotonina”, o mesmo responsável pelas sensações de prazer e bem estar –, só que, nesse caso, ele faz com que os músculos atingidos se contraiam, o que evita a circulação sanguínea, enquanto provoca a imediata sensação de dor.
Se a serotonina faz a sua parte contraindo os músculos, as enzimas tratam de destruir as células e os tecidos, causando o apodrecimento dos músculos e a interrupção da circulação. Caso não tratado a tempo, o dano pode levar até mesmo à amputação do membro comprometido ou mesmo a morte.
Veja o vídeo: