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Peru antecipa eleições presidenciais para abril de 2024

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Publicado em 21/12/2022, às 11h38

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O Parlamento peruano antecipou as eleições presidenciais para abril de 2024, numa tentativa de colocar um ponto final na agitação popular desencadeada pela destituição do presidente Pedro Castillo. O embaixador mexicano em Lima foi expulso e acusado de "interferência" no governo de Dina Boluarte.

Os manifestantes pedem a antecipação das eleições, e o Congresso votou, nessa terça-feira (20), a antecipação da data de 2026 para abril de 2024. Na sessão plenária, a proposta, que exigia 87 votos a favor, obteve 93 - 30 deputados votaram contra e um se absteve.

A decisão estabelece que a atual presidente, Dina Boluarte, entrega o cargo em junho de 2024 ao vencedor das eleições.

Segundo as últimas pesquisas, 83% dos eleitores são a favor de votações antecipadas para pôr fim à crise gerada pela demissão, em 7 de dezembro, do presidente de esquerda, Pedro Castillo.

Os protestos começaram em 7 de dezembro em várias regiões do Peru, particularmente na capital Lima e na parte sul dos Andes peruanos.

A destituição ocorreu depois de Castillo ter anunciado a dissolução do Parlamento e a criação de um Executivo de emergência, que governaria por decreto, medida interpretada majoritariamente como tentativa de golpe de Estado.

Os manifestantes exigem a demissão da presidente Dina Boluarte (ex-vice-presidente), que substituiu Castillo no âmbito da sucessão constitucional e fechamento do Congresso.

Desde então, têm surgido protestos e, segundo o último relatório do gabinete do provedor de Justiça, 21 pessoas foram mortas e mais de 650 feridas em confrontos entre manifestantes e forças de segurança.

As ligações aéreas foram retomadas no aeroporto de Inca Manco Capac em Juliaca, na Região Sul do Peru, após seis dias.

As visitas à famosa Machu Picchu estão suspensas desde 14 de dezembro para garantir a segurança dos turistas.

Embaixador do México expulso

O governo peruano anunciou a expulsão do embaixador do México em Lima, em resposta à “interferência” que o governo de Dina Boluarte atribui a “altas autoridades mexicanas”, e deu 72 horas para ele deixar o país.

“Informo que o governo do Peru declarou o embaixador do México, Pablo Monroy, persona non grata, devido às repetidas manifestações das mais altas autoridades daquele país, que constituem ingerência nos assuntos internos e violam o princípio da não intervenção", disse em comunicado a ministra dos Negócios Estrangeiros, Ana Cecilia Gervasi.

Pedro Castillo foi detido por rebelião e pediu asilo à embaixada mexicana. Na terça-feira, o governo peruano concedeu autorização para que a família do presidente deposto pudesse deixar o país.

O governo do México confirmou, entretanto, que tinha concedido asilo político à família de Pedro Castillo e que ela já se encontravam em território mexicano.

*É proibida a repercussão deste conteúdo.

Fonte: EBC Internacional

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