Para celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti - 29 de janeiro -, a Casa Florescer participará de uma passeata, a partir das 14h, com concentração no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, região central da cidade. A VI Caminhada Trans de São Paulo é um ato que busca lutar por acolhimento e inclusão da comunidade.
No mesmo dia, às 18h, a comitiva da Florescer apresenta um show de variedades na programação do SP Transvisão, da Escola São Paulo de Teatro. Esta é a 11ª edição do evento, que é gratuito. O objetivo é promover ações voltadas para o debate sobre a tolerância e a diversidade, além de valorizar a cultura e o universo LGBTQIA+ [lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queer, intersexo e assexuais].
Também está aberta na Escola SP de Teatro, até domingo (29), a exposição Manas por Manas – acompanhamento em saúde e autocuidado da população de travestis e mulheres trans. Com entrada gratuita, a exposição mostra o trabalho do Núcleo de Pesquisa em Direitos Humanos e Saúde da População LGBT, que há dez anos realiza pesquisa entre esse grupo, com o acompanhamento de 400 pessoas trans e travestis no processo de autocuidado em saúde, por 16 pessoas também trans e travestis.
“Essa exposição é composta por três banners que explicam todo o processo de acompanhamento e dos processos delas como trabalhadoras que vivenciam situações semelhantes quanto à manutenção da sobrevivência, racismo, transfobia e daí em diante, e como nós, com a pesquisa, promovemos um espaço de cuidar de quem cuida”, explicou a supervisora da pesquisa Manas por Manas, Clair Aparecida.
A exposição também fala do Bonde das Manas, iniciativa para estimular o acesso dessas pessoas aos espaços culturais da cidade. “São depoimentos de quem está acessado a esses espaços e quais os impactos na vida delas, como elas se autorizam a entrar nesses espaços, que cidade é essa que acolhe pessoas trans travestis”, disse Clair Aparecida.
Desde o dia 25 de janeiro diversos órgãos da capital paulista estão prestando serviços na Casa Florescer. A programação também ocorre em outros pontos da cidade até o dia 1º de fevereiro. Um dos atendimentos prestados foi o de auxiliar na busca por trabalho, por meio do Cate (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo) e da Ade Sampa (Agência São Paulo de Desenvolvimento), órgãos ligados à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, na sexta-feira (27).
“Procuramos sempre incluir em nosso calendário ações para todos os públicos, buscando atender a particularidade de cada grupo, com o intuito de auxiliar na inserção no mercado de trabalho e na geração de renda. Atuamos com o público trans e travesti em nossos mutirões de emprego e também no programa Transcidadania, que trabalha em várias frentes a fim de promover o resgate da cidadania para pessoas que já enfrentam inúmeros desafios para ter acesso a oportunidades e uma vida de qualidade”, explicou a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.
A Casa Florescer é um centro de acolhida administrado pela organização da sociedade civil Croph (Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana), em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. O espaço acolhe e atende gratuitamente 30 mulheres transgênero e travestis em situação de vulnerabilidade.
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: EBC Geral
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